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sexta-feira, 24 de agosto de 2018

POLÍCIA CONCLUI QUE DIARISTA AMERICANA FOI QUEIMADA VIVA POR MARIDO NO ES

Lena Hokani foi encontrada morta no dia 24 de julho (Foto: Reprodução TV Tribuna)
Foto:Tv Tribuna
A Polícia Civil apresentou, na tarde desta quinta-feira (23), o resultado do inquérito que apura a morte da diarista americana Lena Hokani. Ela vivia com o marido Leonardo Domingos Mesquita, 43 anos, e a filha do casal, 1 ano e 4 meses, no bairro Vila Independência, Cariacica.
No dia 15, Leonardo foi preso como o principal suspeito pela morte da diarista. A conclusão da polícia é de que o marido colocou fogo na americana ainda viva.
O acusado contou para a polícia que, no dia 22 de julho, ele e Lena discutiram por conta de um cachorro que morreu envenenado. Ele empurrou a vítima, ela bateu a cabeça e caiu.
“O casal estava morando embaixo da casa da mãe de Leonardo. Ela tinha colocado veneno de rato na casa e o cachorro acabou morrendo. Na discussão, Lena teria dito que iria embora, quando levou um empurrão do marido e bateu a cabeça na quina da porta”, disse o titular da Delegacia Especializada de Homicídio contra a Mulher, delegado Janderson Lube. 
Segundo o suspeito, ele saiu de casa e retornou após uma hora. Ao achar que a americana estava morta, o marido a colocou no carro com a filha do casal e foi até um posto para comprar combustível.
Leonardo ateou fogo em Lena em um terreno em Jardim Carapina, na Serra, e depois fugiu. No dia seguinte, ele levou a bolsa da vítima para um local próximo de onde ocorreu o crime e colocou fogo nos pertences da diarista, incluindo o celular.
De acordo com o inquérito, a vítima estava respirando quando foi atingida pelo fogo. O laudo também aponta uma hemorragia intracraniana pós traumatismo contundente.
O delegado disse que pediu conversão da prisão do acusado de temporária para preventiva. “Ele disse pra mim: 'Fiquei com medo disso tudo aqui'. De ter de passar na delegacia”.
O acusado está preso no Centro de Triagem de Viana e foi indiciado por homicídio duplamente qualificado (meio cruel e feminicídio), ocultação de cadáver e fraude processual. O bebê está com a irmã mais velha, de 18 anos.

A Tribuna

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