Foto/Luciano Belford/Arquivo/Agência O Dia
Há suspeita de funcionários fantasmas na Assembleia Legislativa é outra ponta das investigações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal. O caminho das pedras começou a ser traçado com as planilhas e anotações à mão de funcionários da TV Alerj apreendidas na casa de Shirlei Aparecida Martins Silva, exonerada da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Desenvolvimento Social por causa da operação Funa da Onça que prendeu 22 acusados de corrupção, entre eles dez deputados. Ela é ex-chefe de gabinete de Edson Albertassi (MDB), preso.
Uma da anotações refere-se a 'Alex' para a TV Alerj com a chancela do deputado Rafael Picciani (MDB), filho do ex-presidente Jorge Picciani, do mesmo partido, em prisão domiciliar. Alex trata-se de Alex Costa, ex-secretário de Ordem Pública do prefeito Eduardo Paes. Ele foi nomeado para a TV Alerj em 12 de Janeiro de 2017, mas deixou o cargo para o pai, Oscar Cardoso Costa ocupar em 12 de julho. Alex saiu da TV Alerj para concorrer a Deputado Federal pelo Avante. O salário líquido de R$ 7 mil.
A Assembleia Legislativa informou à Coluna, em nota, que vai abrir processo administrativo para apurar a suspeita de funcionários fantasma. A Casa alegou que desconhece qualquer tipo de irregularidades. Mas que irá tomar as providências cabíveis, se for necessário.
Aliás e a propósito a Assembleia precisa mesmo apurar as suspeitas de irregularidades. Apesar de dez parlamentares presos, a Casa ficou inerte, ou melhor, agiu para retirar três deles da prisão e a estratégia naufragou. Procurado, Alex Costa não respondeu.
O MPF está no rastro das indicações de acusados de integrar a 'Propinolândia', da Alerj, na Polícia Militar. Um dos alvos é o coronel Jairo, do MDB, preso na operação Funa da Onça. Já tem gente sem dormir preocupada com as cenas dos próximos capítulos. Avante, Lava Jato.
Por Adriana Cruz/Justiça&Cidadania/O Dia
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