Uma comissão formado por órgãos estaduais e nacional estuda se está havendo cobrança abusiva de valores nas contas de energia elétrica dos capixabas. Se comprovado, os consumidores prejudicados poderão ser indenizados. É o que afirmou a diretora-presidente do Procon ES, Lana Lages.
“Nós já temos indicadores suficientes no aumento de reclamações. É importante que continuem denunciando, porque esse não vai ser um trabalho fácil, mas nós vamos analisar”, afirmou.
De acordo com Lana, a comissão é formado pelos Procons Municipais e Estadual, Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL), Agência de Regulação de Serviços Públicos do Espírito Santo (ARSP) e Ministério Publico do Espírito Santo
Audiência pública
Diante das várias reclamações de consumidores sobre o aumento nas contas de energia elétrica nos últimos meses, o caso foi discutido em pela Comissão de Defesa do Consumidor, em audiência pública, realizada na Assembleia Legislativa (Ales)) nesta terça-feira (26).
A comissão, presidida pelo deputado Dary Pagung (PRP), convidou o diretor-presidente de Operações da Distribuição da EDP Escelsa, Michel Nunes Itkes, e outras autoridades para discutir o caso.
Michel Nunes Itker não compareceu, mas mandou um representante. Na justificativa dele, o período do verão é propenso para o aumento da conta de energia, já que o uso do ar-condicionado e ventiladores é maior, as crianças estão de férias da escola e por isso passam um período maior em casa utilizando os eletrodomésticos. Disse também que outro fator determinante na tarifa são as cobranças dos impostos de PIS/Confins, que variam de acordo com o mês.
O vice-presidente da comissão, deputado Vandinho Leite (PSDB), foi quem mais criticou e deixou questionamentos a EDP sobre o calculo de consumo. Ele apresentou propostas para que o valor seja mais transparente.
“Vocês fazem a leitura do relógio, mas como isso é fiscalizado? Por que não colocam uma foto do relógio na conta de energia para que o consumidor possa conferir a medição? Não tem como uma conta subir de R$ 129 em janeiro para R$689 em fevereiro, sendo que nem ar-condicionado tem na casa”, questionou.
ES HOJE
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