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domingo, 1 de dezembro de 2019

ESTUDO APONTA APIACÁ COMO UMA DAS PIORES CIDADES PARA SE INVESTIR NO INTERIOR CAPIXABA

Avaliação considerou dados sobre infraestrutura, gestão fiscal, capital humano e potencial de mercado de cada cidade.
Uma ferramenta criada pelo Instituto de Desenvolvimento Educacional e Industrial do Espírito Santo (Ideies) elencou os municípios do Estado com os melhores ambientes de negócios. No estudo, inédito no Estado, foram considerados 39 indicadores reunidos em quatro grupos principais: infraestrutura, potencial de mercado, capital humano e gestão fiscal.
A partir desses dados, foi calculado um índice para cada cidade capixaba. Quanto maior o número, maior é a possibilidade de atração de investimentos. A cidade com o melhor resultado foi Vitória, com 7,11 pontos. Em seguida vem Colatina e Aracruz, com 6,31 e 6,27 respectivamente. Entre os municípios com os menores índices estão Fundão, Apiacá e Irupi. 
De acordo com o presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), Léo de Castro, o projeto tem dois objetivos: o primeiro é balizar as escolhas de novos investidores interessados a se instalarem no Estado. O segundo é fornecer uma ferramenta de gestão aos chefes do executivo municipal. Sabendo seus pontos fortes e fracos, eles poderão escolher onde e como investir seus recursos.
“Vai ajudar muito a organizar o debate sobre quais são os projetos de fato relevantes para aquele município. A gente sai de uma situação de meias verdades para uma situação de fatos e dados. Bem utilizado, ele pode ser uma força muito grande para que a gente pode trazer os investimentos que são necessários”, disse.
O diretor executivo do Ideies, Marcelo Saintive, explica que, para que a comparação fosse feita de forma mais ajustada, os 78 municípios do Estado foram separados em seis grupos - chamados de “clusters” no estudo. Esses conjuntos reúnem cidades que são similares em tamanho da população e em desenvolvimento.
“A nossa equipe avaliou todas as metodologias utilizados nos indicadores mais relevantes para escolher um conjunto de variáveis que pudesse ser aplicado a todos os municípios do Estado. Mas para fazer mais sentido, é mais interessante que a comparação seja feita dentro do próprio cluster”, afirmou.
Para ele, o acesso a informações precisas e relevantes é fundamental para alavancar a economia, principalmente no interior. “Há um consenso entre economistas de que a baixa produtividade da economia brasileira é o grande responsável pelo baixo crescimento econômico no longo prazo. O ambiente de negócios, em sentido amplo, é uma das causas prováveis dessa baixa produtividade”, disse.
Dentro da plataforma, é possível ainda gerar um relatório específico com o diagnóstico de cada cidade indicando quais os pontos fortes e onde são necessários investimentos. São considerados desde o desempenho das escolas em avaliações nacionais, saneamento, fornecimento de energia, acesso à internet, até a pavimentação das estradas e taxas de homicídio.
“É uma ferramenta que nos proporciona condições para que a gente se organize e atraia novos negócios para as nossas cidades. Num momento de dificuldades, nos dá condições para melhorar o trabalho das prefeituras. Isso nos ajuda a pensar a cidade para o futuro”, avalia o presidente da Associação de Municípios do Espírito Santo (Amunes), Gilson Daniel.

Gazeta Online

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