Em entrevista concedida à TV Gazeta, o governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), disse ficar assustado ao ver as cenas de aglomerações em praias e em estabelecimentos em pleno período de pico da pandemia da Covid-19 no estado.
"Eu fico muito assustado. Eu sei do desespero das pessoas, eu sei do desespero econômico de alguns setores (e eu tenho que ter empatia com eles), eu sei do desespero das pessoas que ficaram muito tempo sem ter atividades de lazer, de diversão, mas fico assustado com a falta de preocupação dessas pessoas. O número de casos neste momento é maior que o da primeira fase. O número de pessoas internadas em UTI é o mesmo do momento mais crítico da doença", disse o governador.
Durante a conversa com o repórter e apresentador Roger Santana, Casagrande disse também que não há como direcionar todo o efetivo da segurança pública para a fiscalização e o combate às aglomerações. Essa é uma resposta às críticas feitas por parte da sociedade, que cobram mais rigor nos casos em que as normas de isolamento são descumpridas.
"Acho que a fiscalização está sendo muito eficiente. Polícia Militar, bombeiros, guardas municipais. Só que nós não temos condições de tirar toda a estrutura de fiscalização, do enfrentamento a homicídios, furtos, roubos e outros delitos, todo esse movimento que a gente tem no dia a dia e que não parou, para colocar tudo na fiscalização. A quantidade de pessoas que têm buscado atividades que geram aglomeração é muito grande e não dá pra gente colocar uma estrutura policial em cada local desses".
Casagrande ainda acrescentou que, ao longo dos dez meses de pandemia, o governo já adquiriu mais experiência para lidar com o assunto.
"Sabemos que alguns ambientes podem ser controlados. Como não podemos parar todas as atividades econômicas e sociais, esse aprendizado permitiu que a gente mudasse as medidas qualificadas para risco moderado e risco alto. O que estamos de fato jogando um peso grande na articulação com os municípios e pedindo à consciência de cada pessoa para que evite qualquer aglomeração.
Já a compra de vacinas por parte do governo estadual, pelo menos neste momento, está sendo impossibilitada. Segundo o governador, o governo estadual possui recursos da ordem de R$ 200 milhões para auxiliar o governo estadual na compra de cerca de dois milhões de doses da vacina para a a população idosa e de grupos de risco. Contudo, os laboratórios produtores preferem negociar apenas com o governo federal.
"Neste momento, estamos buscando, mas não estamos encontrando onde comprar essas vacinas", explicou.
Por G1/ES
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