No segundo dia de governo, o novo prefeito de Campos, Wladimir Garotinho, visitou o hospital Ferreira Machado e o hospital Geral de Guarus para fazer um raio X da saúde no município. O vice-prefeito, Frederico Paes, também esteve no Hospital São José, que atende a baixada campista.
A primeira unidade de saúde a ser vistoriada pelo prefeito foi o Hospital Ferreira Machado, a maior emergência do interior do Estado. No local foram encontrados muitos pacientes em macas nos corredores. Funcionários procuraram o chefe do executivo para reclamar.
“O cenário é desafiador. Mesmo nas dificuldades, eles (os funcionários) têm amor pelo que fazem, mas infelizmente não estão tendo condições de trabalho. É isso que a gente quer dar para os funcionários”, analisou o prefeito de Campos após ouvir as reclamações dos servidores.
No Hospital Geral de Guarus, o cenário não foi muito diferente. Mais pacientes instalados nos corredores. Um agravante foram as obras ainda inacabadas dentro e fora da unidade. O teto do hospital continua com buraco e as paredes cheias de mofo. A falta de insumos também é um problema.
“Toda saúde do município está funcionando sem sistema. A gente hoje não consegue saber o que tem no estoque, não sabe qual é a necessidade para poder comprar. Eu confesso que é uma situação inédita. Há seis meses a saúde de Campos está com o sistema sem contrato”, - revelou o prefeito dizendo que recebeu essa informação do atual secretário de saúde de Campos, Adelsir Soares, que assumiu o cargo substituindo o anunciado anteriormente, o médico Geraldo Venâncio
O vice-prefeito Frederico Paes também participou da Comissão que vistoriou as unidades de saúde. Ele vai ter uma sala em cada hospital para acompanhar a situação de perto semanalmente. Ele destacou que, além das ações emergenciais que serão tomadas nos hospitais, algumas unidades básicas de saúde, que estão fechadas, vão ser reabertas.
Covid-19
Diante dos mais de 13 mil casos de Covid-19 confirmados em Campos, foi criado um Novo Gabinete de Crise para combater o avanço da pandemia em 2021. Um plano estratégico de 100 dias contra o coronavírus está entre as atribuições do gabinete, que vai, entre outras medidas, desenvolver um plano de vacinação para população, seguindo as normas do Ministério da Saúde.
Para evitar a disseminação da Covid-19 no município, durante o verão, as medidas vão incluir a Praia de Farol de São Thomé. Serão tomadas decisões estratégicas para implementação de medidas mais restritivas para a população. O Gabinete de crise também fica responsável pela estruturação e regulação dos leitos para tratamento de pessoas com Covid-19.
De acordo com o subsecretário adjunto de Atenção Básica e Vigilância Sanitária, Charbell Kury, o Gabinete de Crise será permanente enquanto houver o vírus.
“O Gabinete de Crise é uma estratégia de curto, médio e longo prazo, com o objetivo de traçar estratégia com respostas imediatas contra à Covid-19”, disse.
O Gabinete de Crise será composto pelos seguintes membros: Gabinete do Prefeito e Vice-Prefeito; Secretário Municipal de Saúde ou representante; Secretário Municipal de Educação, Ciência e Tecnologia; Secretário Municipal de Obras e Infraestrutura e Habitação ou representante; Fundação Cultural Jornalista Oswaldo Lima ou representante; Procurador Geral do Município ou representante; Secretário Municipal de Governo e Comunicação Social ou representante.
Também farão parte do Gabinete de Crise a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Humano e Social ou representante; Subsecretaria de Posturas ou representante; Procon ou representante; Comandante da Guarda Civil Municipal ou representante; Representante da Câmara municipal; Representante do Ministério Público e Defensoria pública; Representantes de Entidades de classe.
G1 Norte Fluminense
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