O mês de maio trouxe consigo ótimas notícias vindas do Parque Natural Municipal Sabiá-Laranjeira de Rosal!
O mestrando do Programa de Pós-graduação em Botânica do Museu Nacional, Raphael de Souza Pereira, sob orientação do Dr. Nilber Gonçalves da Silva, curador do Herbário ‘R’ do Museu Nacional, apresentou resultados preliminares de sua pesquisa no Parque. O pesquisador relata que já foram encontradas 118 espécies de plantas no Parque e ressalta que ainda serão documentadas muitas mais.
Em apenas 3 meses de coletas extensivas foi percebida uma grande diversidade de espécies vegetais nesse remanescente florestal. Raphael acredita que a proximidade com o rio Itabapoana seja um fator determinante para a diversidade observada. As 118 espécies identificadas no trabalho de pesquisa estão distribuídas em 46 famílias botânicas, esses dados revelam tanto a diversidade quanto a relevância da flora do Parque.
Foram encontradas desde espécies arbóreas com 25 metros de altura até bromélias muito pequenas, que vivem nas cascas de algumas árvores. Já é possível supor que o Parque é uma Unidade de Conservação de grande importância para a manutenção da biodiversidade da Mata Atlântica, pois abriga muitas espécies de famílias como asbromélias, orquídeas e leguminosas, por exemplo.Leguminosas como os angicossão essenciais para o desenvolvimento da floresta, pois promovem o sombreamento e, junto com outras espécies, aumentam a fertilidade do solo e protegem contra processos erosivos que causam assoreamento do rio Itabapoana. Samambaias e musgos também essenciais para retenção de umidadedentro da floresta, além de proporcionarem grande beleza ao ambiente.
Raphael ainda utilizou o estudo de serrapilheira e ciclagem de nutrientes produzido pela Dra. Alessandra Machado, engenheira agrônoma da Prefeitura de Bom Jesus do Itabapoana, e pelo Me. Carlos Freitas, professor do Instituto Federal Fluminense (IFF – Bom Jesus do Itabapoana), parainferir que os ciclos do rio Itabapoana trazem a matéria orgânica necessária para o surgimento novas plantas nas suas margens. Além disso,o grande fluxo de água que vem da região do Caparaó, onde o rio nasce, faz das terras que margeiam o Itabapoana locais de fácil desenvolvimento de florestas, assim, ressalta-se a necessidade desenvolvimento de estudos científicos e de conservação das áreas protegidas próximas ao rio Itabapoana, como é o caso do Parque Natural Municipal Sabiá-Laranjeira de Rosal.
Ascom PMBJI
Redação BJI
Nenhum comentário:
Postar um comentário