Os professores e funcionários administrativos das escolas estaduais do Rio de Janeiro aprovaram nesta, quinta-feira (11), greve por tempo indeterminado a partir da próxima quarta-feira.
Os profissionais reivindicam a implementação do piso nacional do magistério e o piso dos funcionários administrativos, tendo como referência o salário mínimo nacional.
Segundo o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação do Estado, o projeto do governo para a categoria não incorpora o piso a todas as carreiras, mas apenas reajusta os salários que estão abaixo do piso. Com isso, quem ganha acima do piso não receberia nenhum reajuste.
Ainda de acordo com o Sindicato, o Rio de Janeiro paga o pior salário do Brasil para os educadores da rede estadual.
Enquanto o piso nacional é de R$ 4.420, o professor de uma escola estadual tem um piso de R$ 1.588 como vencimento base para18 horas semanais.
Já os funcionários administrativos, em sua maioria, recebem um piso menor do que o salário mínimo.
A categoria já se encontrava em “estado de greve” desde o dia 22 de março – em mobilização para parar as atividades a qualquer momento.
Na assembleia na tarde dessa quinta foi aprovada, também, a realização de nova assembleia um dia depois do início da greve e no mesmo dia uma passeata até o Palácio Guanabara, sede do governo do estado.
Em nota, o governo informou que respeita a decisão de greve dos profissionais e que caberá aos órgãos de justiça verificar sua legalidade. A Secretaria de Estado de Educação destacou que o aumento concedido corresponde ao pagamento do piso nacional no vencimento base para todos os cargos e níveis do magistério que não recebem o valor. E que há garantia de que todos os professores da rede estadual de ensino vão ganhar o determinado no piso nacional.
Agência Brasil: Roberto Piza / Alessandra Esteves
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