Para que esse espaço público possa realizar sua função social, ele deve estar em condições de funcionalidade.
Não é o que ocorre na Biblioteca Municipal Rogério Gonçalves de Figueiredo, fundada em 14 de agosto de 2009.
Os problemas com nossa Sala de Leituras atravessam administrações.
Primeiramente, constata-se que não há nenhum informativo, na parte externa do prédio, indicando que em seu interior estaria funcionando a Biblioteca.
Em segundo lugar, inexiste acessibilidade à mesma.
Em terceiro lugar, deve-se mencionar as questões precárias internas. Quem adentra à mesma, se depara com um ambiente calorento, onde o sol que castiga a cortina elimina um gás que causa mal-estar. Um dos dois aparelhos de ar condicionado funciona no modo "ventilador" e outro funciona parcialmente. A impressora para imprimir etiquetas foi obtida por empréstimo pela servidora. Além disso, vários tacos do piso de madeira estão se soltando.
Houve uma época em que a Biblioteca Municipal foi alvo de uma "disputa" entre as Secretarias de Educação e de Cultura. Mas a contenda não se deu motivada pelo interesse de cada órgão tê-la sob seu comando. Não. A disputa se deu em decorrência do fato de que nenhuma das duas secretarias desejava ter a Biblioteca sob sua coordenação. Foi Sun Tzu, no livro "A Arte da Guerra", que assinalou que "a corda sempre arrebenta para o lado mais fraco" e a Biblioteca acabou ficando sob a direção da Secretaria de Cultura.
Platão assinalou, há mais de dois mil anos, que o aprimoramento da qualidade de vida dos cidadãos ocorreria na medida em que os administradores fossem filósofos.
Kant, o filósofo alemão, por outro lado, assinalou que o esclarecimento é a saída do homem de sua condição medíocre.
Continuaremos a acalentar a esperança em uma correção de rumo.
O Norte Fluminense
Nenhum comentário:
Postar um comentário