Há oito anos surgia um grande sonho, que se transformaria em um enorme pesadelo para o município
No dia 27 de janeiro de 2009, o saudoso prefeito Cláudio Cerqueira Bastos – Claudão – esteve com alguns técnicos no Bairro Aeroporto (Itaperuna/RJ), com o intuito de começar a pensar num local onde poderia ser construída a ponte que ligaria os bairros Frigorífico e Carulas, aos bairros Aeroporto e Matadouro. Já se passaram oito anos, quando um dos técnicos, o engenheiro civil Luiz Pereira, disse que o primeiro passo do estudo seria definir a posição da ponte.
Naquela oportunidade, o engenheiro mencionou que estava olhando alguns pontos para analisar alternativas de onde a ponte poderia ser construída. Ainda informou que a ponte seria pré-fabricada em concreto pré-montado, o que facilitaria a armação de toda a estrutura.
Era o início de um sonho que até o presente momento, infelizmente, não se concretizou.
Prevista para ter 217,50 metros de comprimento por 13,30 metros de largura, já foram investidos cerca de R$ 14 milhões em uma ponte que liga nada, a lugar nenhum, pois, faltam os acessos. Ou seja, uma obra considerável, com alto investimento que não serve para absolutamente nada!
Nesses últimos oito anos foram inúmeras as notícias em torno do ‘elefante branco’ instalado no meio do Rio Muriaé. Encontros e desencontros nas múltiplas informações, que se multiplicavam em meio a desculpas que sucederam a meia dúzia de personagens, envolvendo prefeitos, vice-prefeitos, secretários, governador e ex-governador, deputados, ministros e até mesmo vereadores, todos na esperança de ser ‘o pai da criança’, do filho que não chegou a nascer.
Promessas de conclusão, longe de serem concretizadas, no concreto problema – de concreto e ferros – sobre as águas do Muriaé, testemunhas fiéis do sonho inacabado.
Vale relembrar que no início da obra, a responsabilidade da construção dos acessos seria por conta da Prefeitura de Itaperuna. Alguns anos depois, a administração municipal alegou que não teria recursos para a construção dos respectivos acessos e, sendo assim, o Governo do Estado do Rio de Janeiro assumiu também a construção dessa etapa da obra.
Entretanto, não há os acessos, somente a ponte – no meio do rio – sem utilidade alguma. Por enquanto são; nada mais, nada menos; que R$ 14 milhões jogados dentro do Rio Muriaé, um total desperdício do dinheiro público. Um descaso com a população itaperunense, que espera um ponto final nessa história, na verdade, dois pontos – de passagens – um de cada lado do rio.
HÁ UMA LUZ NO FIM DO TÚNEL, OU SERIA NO FIM DA PONTE?!
No Programa de Governo da atual administração consta a conclusão da referida ponte!
Teoricamente teremos que esperar mais quatro anos pela frente para que os acessos sejam construídos. Teoricamente, pois, pode ser que sejamos surpreendidos (e essa é a grande expectativa da população) e tenhamos a grata notícia da conclusão da obra em bem menos tempo, pelo menos, essa é a ESPERANÇA – em caixa alta, desse jeito mesmo.
Itaperuna News