O prefeito de Maricá (RJ), Washington Quaquá, foi agredido durante uma entrevista à Inter TV, afiliada da Rede Globo, na manhã desta quarta-feira (29). Ele iria falar sobre a decisão de manter em circulação na cidade a frota de ônibus gratuitos.
O cinegrafista Marcelo Christian conseguiu registrar o momento em que o prefeito foi agredido .Ele também ficou ferido no ataque e teve a câmera quebrada.
Apesar do equipamento ter caído e se partido, ele continuou registrando o áudio. Nele, é possível ouvir a repórter da Inter TV, Renata Igrejas, falando "moço, o que é isso?".
O agressor, Antonio Pedro Barcellos Ribeiro, de 21 anos, foi encaminhado a 82ª Delegacia de Polícia. . Segundo a polícia, ele prestou esclarecimentos e foi liberado. Foi aberto um inquérito para apurar o crime de lesão corporal, e as investigações seguirão com o agressor em liberdade.
De acordo com o artigo 129 do Código Penal, o crime de lesão corporal ocorre quando há ofensa da integridade corporal ou à saúde da vítima. A pena para estes casos é de três meses a um ano de detenção. Caso o réu seja primário, a pena pode ser substituída por pena alternativa.
Segundo o Corpo de Bombeiros, que socorreu o prefeito e o cinegrafista, Quaquá sofreu escoriações leves e um corte no nariz. Ele foi atendido no local e liberado em seguida.
Já Marcelo Christian precisou ser encaminhado ao Hospital Municipal Conde Modesto Leal, onde fez exames de Raio-X e recebeu medicação para estabilizar a pressão arterial.
O prefeito disse em um vídeo feito pelo site Lei Seca Maricá que a agressão sofrida foi motivada por "interesses contrariados".
Rapaz assume a agressão
Antonio Pedro Barcellos Ribeiro, de 21 anos, também foi filmado pelo site Lei Seca Maricá na delegacia.
Ele disse que agrediu o prefeito porque a avó estaria internada em um hospital da cidade sem atendimento de qualidade.
Segundo a Polícia Cívil, o jovem possui anotações criminais por tráfico de drogas. Ainda quando menor, foram constatadas passagens por estupro e roubo. Ele foi levado para a delegacia da cidade e depois liberado.
Ainda de acordo com a polícia, ele foi solto por ser crime de menor potencial ofensivo, mas responderá por lesão corporal.
A mãe do rapaz apresentou um atestado na delegacia, alegando que ele faz uso de medicamentos, mas segundo o inspetor de polícia Alan, o documento não interfere na liberdade do agressor. "Isso é um procedimento que vai a juízo e é o juíz que vai apreciar o fato", esclareceu o inspetor.
G1 Região dos Lagos
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