Foto/Agência Senado.
O Ministério Público Federal (MPF) do Brasil recebeu de seus parceiros na Suíça cópia de uma conta bancária em nome de Romário de Souza Faria, 49 anos, no banco BSI, com sede em Lugano, naquele país, no valor de R$ 7,5 milhões, o equivalente a 2,1 milhões de francos suíços.
Segundo matéria da Revista Veja, a pequena fortuna não aparece nas declarações de bens encaminhadas por Romário (PSB-RJ) à Justiça Eleitoral em 2014, quando foi candidato a senador.
No extrato consta um crédito dos rendimentos em aplicações de um ano, a partir de 2013. O documento foi enviado às autoridades brasileiras no dia 30 de junho de 2015. Pela lei brasileira não é crime ter conta no exterior, desde que declarada a origem, os impostos sejam pagos e a Receita Federal informada. De acordos com integrantes do MPF ouvidos pela Veja, Romário não cumpriu os procedimentos legais, o que constitui crime.
Dívidas e sonegação: 28 processos
A revista lembra que em 1997, quando jogava no Valencia, na Espanha, “Romário foi autuado pelo Fisco por ter aberto empresas nas Ilhas Virgens Britânicas, um paraíso fiscal, e para lá transferido aplicações e propriedades”. Questionado a respeito, o senador diz que nunca ouviu falar dessa conta. Até ironizou: “Até agradeço por me informarem. Se for dinheiro meu, vou buscar”.
A matéria da Veja ressalta que o patrimônio que Romário informou ser dele, quando se candidatou, era apenas R$ 1,3 milhão, entre imóveis, terrenos, cotas de empresas, aplicações financeiras e vários veículos, inclusive uma super Ferrari.
Em outro trecho da matéria, a revista aponta que o senador já foi citado em 28 processos, por dívidas e sonegação fiscal. Com sua eleição para o Senado, os processos subiram para o Supremo Tribunal Federal (STF). Ele quase foi enquadrado na Lei da Ficha Limpa e só escapou porque desembolsou R$ 1,4 milhão à vista e renegociou o restante. “Só em impostos federais, Romário acumula pendências em torno de R$ 2 milhões”, informa ainda a revista. A conta secreta de Romário descoberta na Suíça pode enrolar ainda mais a vida do senador.
O Diário
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