Ézio Leal Moraes Filho nasceu em 15/05/1966, no distrito de Ponte do Itabapoana, que pertence ao município capixaba de Mimoso do Sul. Vítima de câncer no pâncreas, Ézio morreu muito novo, aos 45 anos, em 9 de novembro de 2011, no Rio de Janeiro. A doença foi diagnosticada em outubro de 2010, mas só foi divulgada no início de setembro quando, apesar dos diversos tratamentos, seu quadro se agravou. Ele foi enterrado no distrito onde nasceu depois do seu corpo ter sido velado no Salão Nobre das Laranjeiras. Ézio era casado e deixou a mulher e um casal de filhos gêmeos, de apenas 4 anos.
Habilidoso e com forte presença na área, tinha muita competência com seu pé esquerdo e com a cabeça para marcar os gols que fez dele um artilheiro. Vindo do Volta Redonda, foi campeão carioca de juniores em 1987 pelo Bangu e se profissionalizou pelo clube de Moça Bonita. Atuava como ponta-esquerda no início de sua carreira, talvez por isso, tenha marcado apenas 8 gols em 33 jogos.
Em 1989 foi para o Olaria e passou pelo Americano e Portuguesa de Desportos, antes de chegar ao Fluminense – onde finalmente despontou – clube que defendeu de 1991 a 1995. Sua última partida pelo Tricolor foi na final do carioca de 1995, no famoso gol de barriga do Renato Gaúcho. Foi campeão da Taça Guanabara em 1991 e 1993.
Recebeu do locutor esportivo Januário de Oliveira o apelido carinhoso de “Super Ézio”. Apesar de lutar com seguidas lesões – que atrapalharam muito a sua carreira – ele sempre marcou gols importantes em clássicos, principalmente contra o Flamengo, seu algoz preferido. Foi um dos grandes ídolos do Fluminense na dedada de 90. Pelo Tricolor foram 119 gols em 236 jogos, que o coloca na galeria dos maiores artilheiros do clube.
Ainda em 1995 foi para o Atlético Mineiro e ficou até 96, disputando 63 jogos e marcando 21 gols pelo Galo. Ficou quase um ano parado, devido a uma lesão no joelho. Passou ainda pelo CFZ-RJ, Rio Branco-ES e Internacional de Limeira, do interior paulista, onde encerrou a carreira em 1998, aos 32 anos, em decorrência das lesões.
Blog do Tadeu Miracema
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