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domingo, 8 de outubro de 2017

MÉDICOS DO CTI E DA MATERNIDADE DA BENEFICIÊNCIA PORTUGUESA PODEM PARAR AS ATIVIDADES


Foto:Arquivo/Ururau
Os médicos e outros profissionais de saúde que trabalham no Centro de Terapia Intensiva (CTI) e na Maternidade do Hospital Beneficência Portuguesa, em Campos, decidiram paralisar as atividades já a partir do próximo mês (dia 04 e dia 1°, respectivamente). Eles pedem a regularização do pagamento das atividades e, isso, segundo informou o diretor da unidade médica, Jorge Miranda, depende do pagamento da contratualização municipal, que está a três meses em atraso.
A paralisação é motivada pela falta de pagamento dos salários dos funcionários, referente aos meses de julho (onde só foi pago 50%), agosto e setembro, este último ainda vencerá no próximo dia 20.
Miranda informou que foi feito um abaixo assinado na última quinta-feira (05/10), onde praticamente toda a equipe do CTI, composta por 52 profissionais, inclusive o médico plantonista de segunda a domingo, um coordenador (que também é diarista) e outro diarista que entra na parte da tarde, assinaram. Tal documento foi enviado à direção do hospital, à Secretaria Municipal de Saúde a ao Conselho Regional de Medicina (CRM).
“Ainda não sabemos como ficará a situação do hospital, mas vamos discutir isso na Secretaria Municipal de Saúde para ver se há uma negociação para o pagamento dos atrasados”, disse Jorge Miranda.
MATERNIDADE SERÁ DESATIVADA
O presidente do Sindicato dos Médicos de Campos (Simec), José Roberto Crespo, informou que a comunicação do pessoal da maternidade é de que o setor será desativado. Ele também contou que a direção da Beneficência alega que não tem recursos para pagar esses atrasados.
“Recebemos um comunicado do pessoal da maternidade que a partir do dia 1° de novembro irão paralisar as atividades por conta de repasses de pagamento. Acontece que a maternidade envolve mais gente e sem esses profissionais o setor não tem como continuar”, mencionou o presidente informando que o comunicado também foi feito à Prefeitura, ao Ministério Público e ao CRM no último dia 27.
O plantão na maternidade conta com dois obstetras, um pediatra e um anestesista e na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) Neonatal tem mais sete plantonistas médicos, um coordenador, mais os diaristas.
Em nota, a Secretaria da Transparência e Controle informa que, "de acordo com ata da última reunião, realizada com o Ministério Público, os problemas com a Beneficência Portuguesa começaram em 2015 e seguiram até dezembro de 2016.
De janeiro a julho deste ano, os repasses do complemento municipal foram efetuados em dia. Devido ao repasse da última participação especial ter sido abaixo do previsto, o cronograma de pagamentos teve que ser revisto. O secretário Felipe Quintanilha lembra que o repasse feito em agosto, referente a julho, teve que ser de 50% do valor. Dentro deste redimensionamento, foram pagos 40% dos prestadores de serviço em RPA e os cargos comissionados ainda não receberam.
O secretário explica, ainda, que a situação da maternidade, UTI (Unidade de Terapia Intensiva) Neonatal e a Unidade Intensiva (UI) da Beneficência Portuguesa está sendo discutida com o hospital, médicos e Ministério Público. Uma audiência foi realizada esta semana no Ministério Público e outra já está agendada para o final de outubro".

Ururau

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