Foto/Folha 1
O novo governador do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), não pretende vender a Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae) do Rio de Janeiro. Ele pretende reverter a obrigação do estado de se desfazer de seu principal ativo. Com isso, esse impasse deve demorar muito para ser resolvido. A venda da Cedae foi estabelecida como uma das condições de entrada do Rio de Janeiro ao Regime de Recuperação Fiscal proposto pela União em 2017. Com a privatização da companhia, a expectativa era de arrecadar R$ 3,5 bilhões.
— Na Defensoria Pública eu me manifestei contrário à venda da Cedae porque é uma empresa que pode ser melhorada, é estratégica para o estado do Rio de Janeiro neste momento — disse Witzel.
Em nota, o BNDES informou que, em dezembro, fez a primeira apresentação do estudo para os membros da gestão anterior e da atual gestão do governo estadual. “As conversas entre o BNDES e o Governo permanecem e o BNDES poderá aprofundar os estudos para que o Governo do Rio tome a decisão em relação à companhia”.
Witzel disse que irá propor uma alteração na lei que institui o Regime de Recuperação Fiscal dos Estados. “Nós vamos trabalhar junto ao Congresso Nacional para alteração da lei complementar 159, até para que outros estados possam ingressar na recuperação fiscal”, destacou.
A expectativa do governador é, uma vez garantida a posse da companhia, melhorar a companhia para, no futuro, lucrar com ela no mercado de ações antes de concedê-la à iniciativa privada. “É evidente que a Cedae é uma empresa estratégica e que pode sim, no futuro, ter um IPO com abertura de capital e ser preparada para uma privatização, mas não agora”, enfatizou. (A.N.)
Folha 1
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