Diante das dezenas de reclamações que a superintendência do Procon de Campos tem recebido, por conta da alta nas contas de energia elétrica, a empresa Enel Distribuidora foi intimada a dar explicações. Os consumidores estão sendo orientados a procurar o órgão caso se sintam lesados.
Nos últimos dias, dezenas de consumidores utilizaram as redes sociais para reclamar das contas de luz que vieram com aumento de 50%, 75% e até 100%. Maria Alice recebeu uma conta com 70% de aumento, comparando com a conta do mês anterior. “Achei que estava recebendo o boleto errado, mas quando vi que era o meu nome me assustei muito e vou procurar saber o que houve. Sei que está calor, que usamos muito o ventilador, mas não tem chuveiro elétrico neste período para justificar o aumento. Não tenho ar condicionado. Então o que está acontecendo?”, disse ela revoltada.
Em nota, a superintendência do Procon informou que oficiou a concessionária de energia Enel solicitando que justifique o reajuste da tarifa que está sendo cobrada, já que a bandeira tarifária para este mês é verde, ou seja, sem cobrança extra para os consumidores. “O órgão já registrou que houve um “grande salto” na cobrança de energia dos consumidores, que vem buscando o Procon para registrar suas reclamações. Estamos atentos a esta demanda e tomando as medidas necessárias. A orientação é para que os consumidores que considerarem as cobranças abusivas procurem o órgão levando as contas atuais e as anteriores para o devido atendimento”, informou o superintendente do Procon de Campos, Douglas Leonard.
Também em nota, a Enel esclarece que não há qualquer irregularidade no processo de medição e faturamento da companhia. A empresa acrescenta que, com as altas temperaturas do verão, há aumento no consumo de energia, devido ao uso mais frequente da geladeira, de aparelhos de ar condicionado e ventilador, por exemplo. Não houve alteração de tarifa no mês de janeiro/19. Além disso, a distribuidora ressalta que quando o consumo de energia ultrapassa 300 kWh, o ICMS que incide sobre a conta passa de 18% para 31%, e para 32% para consumos superiores a 450 kWh.
Folha 1
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