Bangu teve o
primeiro profissional negro: Francisco Carregal (com a bola)
Vasco foi
Campeão em 1923 com negros e operários; um ano depois recusou-se a excluí-los
Bangu e Vasco, adversários nesta quinta-feira, às 21h30, no Maracanã, por uma vaga na decisão da Taça Rio, compartilham um valor que sempre colocará os dois clubes no mesmo lado da trincheira. No começo do século XX, lutaram pela inclusão dos negros no futebol e ajudaram a escrever a história do esporte no país.
A batalha segue diária, desde os tempos em que a modalidade tentava se firmar. Francisco Carregal, em 1905, estreou pelo Bangu em uma partida contra o Fluminense. Bruno Luiz, atacante da equipe e negro como Carregal, conta o que representa atuar pelo time de Moça Bonita.
- É um orgulho muito grande para mim defender o Bangu, pelo que ele representa. Eu que estou no clube há dez anos, que sou negro e que vim de uma comunidade próxima, sei qual é importância do futebol contra o racismo.
Em São Januário, um dos episódios definidores do caráter do clube aconteceu em 1924, quando a diretoria se recusou a excluir negros e operários de sua equipe, condição imposta pela Associação Metropolitana de Esportes Athléticos (AMEA) para que o Vasco pudesse se filiar.
Lucas Santos, meia que está fora da partida hoje por estar retornando do período de treinos com a seleção brasileira, lembrou quando a morte da vereadora Marielle Franco, defensora dos direitos de negros e moradores de comunidades, fez um ano.
“Ser negro é ser resistente”, escreveu em sua conta no Twitter, na segunda-feira.
Jornal Extra
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