Páginas

segunda-feira, 15 de setembro de 2014

OPERAÇÃO CONJUNTA PARA PRENDER POLICIAIS SUSPEITOS DE CORRUPÇÃO NO RIO

Grande quantia em dinheiro foi apreendida na casa do Major Edson. (Foto: Divulgação / Secretaria de Segurança)
Grande quantia em dinheiro foi apreendida na casa do Major Edson. (Foto: Divulgação / Secretaria de Segurança)
O coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira foi um dos detidos na operação (Foto: Reprodução/TV Globo)
O coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira foi um dos detidos na operação (Foto: Reprodução/TV Globo)
Uma operação para prender 24 policiais militares suspeitos de participarem de um esquema de propinas na Zona Oeste do Rio é feita nesta segunda-feira (15) em vários pontos da cidade. A ação, batizada de Operação Amigos SA é comandada por agentes da Subsecretaria de Inteligência da Secretaria de Segurança Pública e conta com apoio da Corregedoria-Geral da Polícia Militar e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro, e visa cumprir ao todo 25 mandados de busca e apreensão. 22 pessoas já tinham sido presas inclusive o ex-comandante Coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira que é o chefe do Comando de Operações Especiais (COE) da PM.
O oficial é considerado o terceiro homem na hierarquia da PM e foi preso em casa no Leme, Zona Sul do Rio. Outro oficial que teve a prisão confirmada é o Major Carlos Alexandre de Jesus Lucas, também lotado no COE. Na casa de outro oficial, o Major Edson Alexandre Pinto de Góes (Coordenador de Operações), os agentes encontraram uma grande quantia em dinheiro. O oficial não foi encontrado no local.
Até o meio-dia desta segunda-feira, segundo a Secretaria de Segurança, foram apreendidos R$ 287 mil e R$ 33 mil, na casa de dois suspeitos. A secretaria ainda não divulgou o valor total apreendido com os presos.
Segundo nota do MP, os PMs integravam o 14° BPM (Bangu), inclusive os integrantes do Estado-Maior, e exigiriam pagamento de propina de comerciantes, mototaxistas, motoristas e cooperativas de vans, além de empresas transportadoras de cargas na área do batalhão. As propinas variavam entre R$ 30 e R$ 2,6 mil e eram cobradas diária, semanal ou mensalmente, como garantia de não reprimir qualquer ação criminosa, seja a atuação de mototaxistas, motoristas de vans e kombis não autorizados, o transporte de cargas em situação irregular ou a venda de produtos piratas no comércio popular de Bangu.
Os mandados de prisão contra os PMs foram expedidos após denúncia encaminhada pelo GAECO à 1ª Vara Criminal de Bangu. Entre os denunciados estão seis oficiais que eram lotados no 14° BPM (Bangu): o ex-comandante Coronel Alexandre Fontenelle Ribeiro de Oliveira e o ex-subcomandante Major Carlos Alexandre de Jesus Lucas – ambos lotados atualmente no Comando de Operações Especiais, os Majores Nilton João dos Prazeres Neto (chefe da 3ª Seção) e Edson Alexandre Pinto de Góes (coordenador de Operações), além dos capitães Rodrigo Leitão da Silva (chefe da 1ª Seção) e Walter Colchone Netto (chefe do Serviço Reservado). Também são acusados de integrar a quadrilha 18 praças e um civil.

G1.

Nenhum comentário:

Postar um comentário