O vereador de Cachoeiro de Itapemirim, Alexandre Andreza Macedo, o Alexandre de Itaoca (PR), preso pela Polícia Militar, na noite deste sábado (30), no distrito de São Vicente, por desacato, embriaguez ao volante, dano ao patrimônio público e advocacia administrativa qualificada, quando um agente público utiliza o cargo em benefício de algo, diz ser inocente e afirma ter sido ameaçado de morte por policial militar.
Segundo o vereador Alexandre de Itaoca, por volta das 16h00 de sábado, ele seguia em seu carro, no banco do carona, sentido a localidade de Independência, no distrito de São Vicente, onde iria participar de uma partida de futebol beneficente, quando se deparou com quatro rapazes de moto, “conhecidos dele”, sendo abordados por uma equipe da Polícia Militar, e resolveu parar para ver o que estava acontecendo.
“Quando sai do carro, logo fui reconhecido por um dos policiais que estava fazendo uma anotação. O outro militar chegou falando: guincho, guincho! Perguntei se os meninos que são meus conhecidos poderiam terminar de chegar em casa para depois realizarem a apreensão, pois estavam a cerca de quatro quilômetros de suas residências, então o policial me disse que eu estava atrapalhando o trabalho deles e que não teria conversa. Foi após esse momento que começou a confusão”, disse Alexandre de Itaoca.
Ainda segundo o parlamentar, um dos rapazes abordado estava com a moto regular, mas não estava com o comprovante do pagamento do IPVA em mãos. Pedida a autorização para que o jovem pudesse seguir com o vereador até a sua residência para pegar o documento, o policial teria negado, dizendo que não poderia sair do local.
Alexandre afirma que se afastou dos abordados e dos policiais para fazer uma ligação para os familiares de um dos jovens, quando um militar se aproximou e teria o ameaçado de morte.
“Eu estava longe da visão de todos, foi aí que o PM se aproximou com arma em punho, a apontou para a minha cintura, e disse que se eu não colocasse a algema me mataria e iria dizer que foi em legítima defesa, já que eu teria tentado agredi-lo. Nesse momento me afastei e tentei ficar em local onde pudesse ser visto por outros, e o policial rasgou minha caminha com uso de força, dizendo que eu estava preso”, afirma o vereador.
A partir do momento em que recebeu voz de prisão, Alexandre disse que pediu para ser conduzido no banco da viatura até a delegacia, mas foi colocado a força no cofre do veículo (compartimento no porta-malas onde o preso é transportado).
O parlamentar pretende denunciar os policiais a Corregedoria da PM e processá-los por danos morais ainda esta semana.
O comando do 9º Batalhão vai apurar os fatos. Se comprovada a versão do vereador, os policiais serão punidos. Caso contrário, o parlamentar poderá ser denunciado por calúnia.
Atenas Notícias
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