Nem 18 boletins de ocorrência nem uma medida protetiva foram suficientes para garantir a segurança de uma vigilante de 35 anos. Vítima de ameaças constantes, neste sábado, ela e o namorado – um eletricista de 44 anos – foram atropelados pelo ex-marido da vigilante.
O casal saia de um supermercado em Carapebus, na Serra, quando encontrou o ex-marido da vítima. Irritado por ver a ex-mulher com outro homem, o também vigilante de 43 anos disse ao casal que iria em casa “buscar uma coisa” e voltaria.
"Ele é do tipo que ameaça e faz. Por isso falei para o meu namorado para andarmos mais rápido", conta a vigilante.
Quando estavam quase chegando em casa, o casal foi atingido, por trás, pelo carro conduzido pelo ex-marido da vítima.
Antes mesmo que a polícia chegasse, o vigilante fugiu. A mulher sofreu ferimentos na mão esquerda e levou alguns pontos. O namorado dela, entretanto, foi mais atingido e sofreu uma fratura exposta em um ombro e machucou a orelha.
O eletricista passou por uma cirurgia ontem. Ele é do Rio de Janeiro e voltaria para casa no sábado à noite.
Ameaças
A vítima ficou casada com o vigilante durante sete anos, durante esse tempo, segundo a mulher, ele a agrediu uma vez. “Depois dessa agressão, nos separamos e voltamos tempos depois. Ele me agrediu de novo e nos separamos de vez”, explica a vítima.
Há um ano e dois meses separada do vigilante, a mulher recebe ameaças constantes. Até o filho dela, um menino de 10 anos, é alvo do homem.
“Um dia ele falou, na frente do meu filho, que eu não ia ver meu filho crescer”, lamenta a mulher.
A vítima contou que prestou queixa todas as vezes que foi agredida ou ameaçada, totalizando 18 boletins de ocorrência. Mesmo assim, o homem não parou. Agora, segundo a vítima, se nada for feito pela segurança dela, ela pensa em se mudar.
A Gazeta
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