Efeito inverso. Muitos ganharam e perderam as eleições. A maior liderança de seu partido, Sérgio Vidigal, perdeu na Serra, contudo o deputado estadual Coelho pode se revelar a maior liderança política pelo PDT no sul do ES. Explico a partir do próximos parágrafos.
Rodrigo Coelho é oriundo de Bom Jesus do Norte, adotado por Cachoeiro de Itapemirim-ES, e a região sul é o seu lar político. Sair do PT, no inicio da gangrena, foi a típica decisão de fugir do erro e assumir compromisso com seu eleitorado pelo seu perfil político propositivo.
O jovem parlamentar sobreviveu a um dos prefeitos mais mal avaliados do Estado, Carlos Casteglione (PT), mantendo a elegância e a discrição de um lorde. Não gosta de movimentações espalhafatosas e sua liderança nas próximas eleições pode repousar desde candidatura à reeleição até à possível disputa para federal.
Seu pior adversário, se assim poderia ser considerado, o presidente da Assembleia, Theodorico Ferraço (DEM), está em curso para o fim cíclico de geração de políticos analógicos. Sem mencionar que seus colegas, do Rodrigo, até o incentivam a disputar o cargo diretivo principal ocupado pelo "demista" que perde, também, prestígio entre seus pares.
Se optar por vaga a federal, só terá pela frente o parlamentar Evair de Mello, do PV. Se buscar a reeleição para deputado estadual, vai disputar com muitos, contudo, nenhum com o seu recall e capacidade de se reinventar com credenciais mais aceitáveis e ampliadas em número de alianças.
Com as mortes súbitas de algumas lideranças e outros falecimentos graduais de políticos tradicionais, Rodrigo Coelho se agiganta ante o vácuo do mercado eleitoral da região, como outrora ocuparam espaço Roberto Valadão (PMDB), nascido em Colatina; José Tasso (PMDB), oriundo do nordeste do País; e outros que caíram na graça e no conceito dos sulinos. Ambos, citados, há muito fora de combate.
Acredito que o deputado, que já começa a conversar com a sociedade do sul do Estado, em especial Cachoeiro de Itapemirim, será agraciado por esse vento forte que varreu a política estigmatizada do coronelismo, leia-se, Theodorico de Assis Ferraço, o último dos moicanos, aborígene dentro da revolução cibernética.
Firmou-se como potencial personagem para mudar o eixo do solo favelado em que se tornou a maioria dos municípios para a desejada nova paginação de desenvolvimento e progresso, com recuperação econômica, ofertando mais renda e emprego, oportunizando a fixação da nossa gente na sua sagrada aldeia. Capacidade organizacional ele possui dentro do tempo digital da atual e futuras gerações.
É uma excelente aposta para o eleitorado que tem escolhido o novo com competência. Rodrigo Coelho não é político profissional. É político!
Folha do ES
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