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domingo, 23 de abril de 2017

CÂMARA COM CINCO NOVOS NOMES

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Foto: Divulgação
A validação dos votos de Marcos Bacellar (PDT) e as mudanças impostas pelo juízo da 100ª Zona Eleitoral apresentam uma nova composição da Câmara de Campos nesta semana. A mudança atinge 1/5 da bancada. A cadeira de Bacellar está garantida, já que ele foi diplomado e empossado na última quinta. Os suplentes dos vereadores afastados do cargo aguardam a confirmação dos seus nomes e podem já assumir uma cadeira na sessão da próxima terça-feira.
Na última segunda-feira, por meio de decisão cautelar em mais uma Ação Penal relativa à operação Chequinho, o juiz da 100ª Zona Eleitoral (ZE), Ralph Manhães, determinou o afastamento de Roberto Pinto (PTC), Vinícius Madureira (PRP), Cecília Ribeiro Gomes (PT do B), Jorge Magal (PST) e Thiago Ferrugem (PR) das funções de vereador. A decisão também determinou a prisão domiciliar de Ferrugem, até que lhe seja afixada uma tornozeleira eletrônica. Eles já impetraram habeas corpus no Tribunal Regional eleitoral (TRE), mas tiveram o primeiro recurso negado.
O juiz seguiu o mesmo entendimento da decisão que impediu a diplomação, em dezembro, dos denunciados pelo mesmo esquema, Kellinho (PR), Linda Mara da Silva (PTC), Ozéias Azeredo Martins (PSDB), Miguelito (PSL), Thiago Virgílio (PTC) e Jorge Rangel (PTB).
Com a retotalização dos votos de Bacellar, a coligação de Cecília perdeu uma cadeira e ela já deixaria a Casa. No lugar dos demais, serão chamados os suplentes dos partidos ou coligações. O presidente da Câmara Marcão Gomes (Rede) enviou ofício à 76ª Zona Eleitoral para confirmar o nome dos substitutos que irão compor o legislativo campista.
Na última quinta, Roberta Moura (PR), 4ª suplente da coligação PR/PSD/PTB, foi diplomada. No ano passado, a Justiça Eleitoral de Campos só entregou o documento na cerimônia oficial aos três primeiros suplentes. Porém, a coligação que conquistou cinco cadeiras, já teve quatro vereadores afastados da função por envolvimento no “escandaloso esquema” do Cheque Cidadão.
Com as decisões da Justiça até o momento, os onze eleitos acusados, e condenados em primeira instância, por uso fraudulento do Cheque Cidadão estão fora da Câmara. Dois dos suplentes que já integram o Legislativo, Geraldinho de Santa Cruz (PSDB) e Carlinhos do Canaã (PTC), também foram condenados em primeira instância, mas não houve, até o momento, pedido para afastamento deles.
Da leva de quatro novos suplentes, dois também são investigados na Chequinho: Thiago Godoy e Roberta Moura, ambos do PR.
Quem são eles:
Marcos Bacellar (PDT)
A posse de Bacellar ocorreu por determinação de liminar da ministra Luciana Lóssio, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Ele teve seu registro deferido em primeira instância, mas rejeitado pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). O ex-presidente da Câmara de Campos obteve 2.685 votos, mais votado na coligação PDT/PSC.
Thiago Godoy (PR)
Ex-subsecretário de Governo e considerado braço direito do ex-governador Anthony Garotinho (PR), Godoy obteve 1.539 votos. Ficou na 3ª suplência da coligação PR/PSD/PTB. Assume uma cadeira após os afastamentos de Jorge Rangel, Kellinho, Magal e Ferrugem. Também é investigado na Chequinho.
Roberta Moura (PR)
Obteve 1.182 votos e ficou na 4ª suplência da coligação PR/PSD/PTB. Assume uma cadeira após os afastamentos de Jorge Rangel, Kellinho, Magal e Ferrugém. Roberta recebeu seu diploma de suplente, que a habilita a ser empossada, na última quinta-feira. Ela também é investigada na Chequinho.
Josiane Morumbi (PRP)
Candidata pelo Partido Republicano Progressista (PRP), Josiane obteve 1.833 votos e ficou na 1ª suplência do PRP. Assume uma cadeira após os afastamento do mais votado no partido, Vinicius Madureira. Não é citada no “escandaloso esquema”.
Beto Cabeludo (PTC)
Candidato pelo Partido Trabalhista Cristão (PTC) obteve 1.676 votos e ficou na 3ª suplência da legenda. Assume uma cadeira após os afastamentos dos três eleitos pelo partido, Linda Mara, Roberto Pinto e Thiago Virgílio, todos já condenados na Chequinho. Ele não é citado no “escandaloso esquema”. 

Ururau

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