O Cemitério do Caju, inaugurado em 1835, receberá neste sábado (21/10), às 14h, mais um grupo de universitários para uma visita. São alunos dos cursos de Direito e de Engenharia Civil da Universidade Salgado de Oliveira (Universo).
A iniciativa é da presidente do Instituto Histórico e Geográfico de Campos dos Goytacazes (IHGCG), historiadora e professora Sylvia Paes. Durante o ano, ela organiza grupos duas vezes por semestre para um verdadeiro tour no maior cemitério do interior do estado do Rio de Janeiro.
O que para muitos é sinônimo de morte, para a historiadora, representa a vida. Pela beleza e valor histórico das esculturas encontradas nas sepulturas, o Cemitério do Caju já é considerado um museu a céu aberto.
A historiadora explica que, ao contrário do que muitos pensam, o cemitério retrata a vida. “Ao visitar o cemitério, vemos que ele retrata a vida porque vemos as igualdades e as diferenças. Tudo isso está refletido, de alguma forma, lá”, explica Sylvia, que acompanha grupos estudantes de História, Arquitetura, Direito, Letras, Artes e Relações Internacionais.
Ela afirma que, cada grupo, tem uma área de interesse. “Muitos vêm pela arquitetura das esculturas. Outros pelos vultos históricos e suas histórias. No cemitério do Caju, estão enterrados Felipe Uébe, Nina Aroeira, os barões de Miranda e de São João da Barra, Barbosa Guerra; o primeiro prefeito de Campos, que é o Marechal Rodrigues Peixoto; entre outros. O cemitério do Caju guarda muitas histórias”.
Com os alunos de Direito, por exemplo, são abordadas em que situações acontece a exumação. Sylvia conta que a ideia surgiu quando o diretor teatral e poeta Antonio Roberto de Góis Cavalcanti, o Kapi, era diretor de turismo do município, na década de 1990. “Através de uma parceria entre o Senac e a prefeitura, foi instituído o curso de guia de turismo e um dos locais visitados era o cemitério do Caju”.
“Durante a visita, a gente trabalha um pouco a história da morte. Na verdade, não somos educados para esta realidade, a pedagogia da morte não faz parte do nosso dia a dia. Após esta reflexão, no início da visita, damos um passeio pelos túmulos, observando a arquitetura, as artes, a história de vida e a própria arrumação urbana do cemitério do caju, além dos outros cemitérios particulares que estão ali, como as irmandades e o cemitério israelita” informa.
Ururau
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