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domingo, 5 de agosto de 2018

TRAFICANTES AMEAÇAM DE MORTE ASSALTANTES NO RIO DE JANEIRO



Traficantes deixaram faixas, na tarde desta terça-feira, com ameaça de morte aqueles que roubarem na região da Praça Seca, na Zona Oeste do Rio. "Proibido roubar. Se roubar vai morrer. Não é pra um, nem pra dois. É pra geral", diziam as mensagens, que foram deixadas na Rua Barão, colada ao muro da Clínica da Família Newton Bethlem, e na Rua Marangá. 

O DIA recebeu diversas imagens e relatos de leitores da região, que sofrem com a disputa de território por parte do tráfico de drogas e da milícia. "Como a PM não atua nas ruas acima da Cândido Benício, sentido morro São José Operário, os chefes do CV decidiram 'colaborar' com os moradores", escreveu uma internauta. 
Nas redes sociais, moradores relataram que as faixas foram recolhidas pelo 18º BPM (Jacarepaguá) por volta das 16h. No entanto, a Polícia Militar informou que a corporação tem como atribuição o patrulhamento ostensivo e ordinário nas ruas e bairros de todo o Estado. "Materiais como esses são provenientes de ações orquestradas que devem ser investigadas pela Polícia Civil", disse em nota. 
De acordo com a 28ª DP (Campinho), existem inquéritos policiais em curso que estão apurando o conflito entre os criminosos da milícia e traficantes nas comunidades da região. O episódio das faixas também está sendo apurado pela unidade. 
Segundo a distrital, as investigações ainda estão sob sigilo. 
As Forças Armadas voltaram a atenção para a Praça Seca após ter feito as primeiras ações da intervenção federal na segurança do Rio na Vila Kennedy, também na Zona Oeste. No dia 18 de maio, os militares iniciaram uma operação nas comunidades do Bateau Mouche, Caixa D'Água, Chacrinha, Mato Alto, Barão (José Operário), Covanca e Pendura-Saia.
Na madrugada do dia 19 de maio, o homem apontado como o chefe do tráfico de drogas na região, Sérgio Luiz da Silva Júnior, conhecido como Da Russa, foi morto no Complexo do Lins, na Zona Norte. 
Desde então, as Forças de Segurança realizaram diversas operações nas comunidades. Procurado pelo DIA, o Comando Integrado da Intervenção disse não ter conhecimento das faixas que foram deixadas na Praça Seca e ressaltou que após a conclusão do realinhamento das Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs) daquela área, a Polícia Militar assumiu a integralidade do patrulhamento, tendo os efetivos do Comando Conjunto das Forças Armadas sido reposicionados para apoio em outras áreas.

O Dia

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