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domingo, 16 de setembro de 2018

MORRE ALBUÍNO AZEREDO, EX-GOVERNADOR DO ES ENTRE ENTRE 1990 E 1994

O ex-governador, que atualmente morava no Rio de Janeiro, estava visitando a família no Estado quando precisou ser internado
Governador do Espírito Santo entre 1990 e 1994, Albuíno Azeredo, 73 anos, faleceu na manhã deste domingo (16) às 7h50. O ex-governador, que atualmente morava no Rio de Janeiro, estava visitando a família no Estado quando precisou ser internado há cinco dias no Hospital Vila Velha, inicialmente com um quadro de infecção, e após exames, na madrugada da última quarta-feira (12) foi constatada uma pneumonia e, assim, foi feita a transferência para a Unidade de Tratamento Intensivo (UTI).
Segundo a filha do ex-governador, Ana Flávia Azeredo, neste sábado (16) ela teve a informação de que o pai estava reagindo bem ao tratamento, e que os médicos iriam retirar o respirador mecânico, mas ele sofreu uma parada cardiorespisratória. Albuíno, segundo a filha, chegou a passar por um procedimento de reanimação pelos médicos, mas não resistiu. 
"Sou muito agradecida a Deus pelo pai que eu tive. Me ensinou a ser uma pessoa de bem e que, de mais importante, me deu amor. Hoje perco meu chão, meu referencial, não sei a quem vou recorrer quando tiver dúvida. Meu pai era mais que especial, meu tudo", lamentou Ana Flávia.
Ainda não há informações sobre o horário do velório, mas a cerimônia será na Igreja Maranata de Vila Velha.
HARTUNG DIVULGA NOTA DE PESAR
O governador Paulo Hartung lamenta a morte do ex-governador Albuino Azeredo e decretou luto oficial de três dias no Estado. Hartung já entrou em contato com a família para providenciar todas as honras de Estado no sepultamento do ex-governador .
Paulo Hartung - governador
EX-GOVERNADOR VIVIA "BATALHA" COM OUTRAS DOENÇAS
Em 2014, Albuíno foi entrevistado pelo então colunista da Praça Oito, o jornalista Eduardo Fachetti. O ex-governador, que passou os últimos anos longe da vida pública relatou sua batalha contra as doenças que surgiram em seu caminho. Reveja a entrevista abaixo.
Vítima de um acidente vascular cerebral (AVC) em 2009, diagnosticado com câncer de próstata em 2010 e acometido por dores difusas em 2013, que o obrigaram a ser medicado até com morfina, ele creditou sua melhora a “um milagre”.
Como foi seu processo de reabilitação física, após o AVC?
Tive uma vida marcada por idas e vindas a médicos. Levei cerca de dois anos e meio fazendo fisioterapia de manhã e à tarde, todos os dias. Foi um processo intenso. Em 2010, descobri um câncer de próstata que me deixou muito debilitado. Levei dois anos em tratamento, e, no início de 2013, fui declarado curado. Logo em seguida, comecei a sentir dores na perna direita, que começaram a se alastrar. Fiquei 23 dias internado no Hospital Sírio Libanês e os médicos não identificavam a causa das dores. Nas minhas preces, eu dizia: “Deus, não consigo mais viver deste jeito”. Até que um dia minha sobrinha viu, na internet, o contato de um médico em Santo André (SP) e lá eu fiz a consulta mais longa da minha vida. Ele identificou que a dor vinha de um nervo no cérebro que havia sido afetado pelo meu AVC. Hoje estou bem. Minha vida é marcada por milagres.
E a vida profissional?
Voltei a frequentar meu escritório de consultoria na área de transportes e logística, que eu já tinha antes de ser governador. Voltei a trabalhar e a participar de alguns projetos, de forma comedida. Tenho meu lado direito ainda problemático, uso muletas e estou mais lento. Passei a escrever com a mão esquerda, tive que mudar assinatura em banco e nos cartórios. Mas, graças a Deus, minha caligrafia está idêntica ao que era antes.

Gazeta Online

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