Imagem Ilustrativa/EBC
Doar um órgão para um membro da família é uma prova de amor e também de solidariedade. Ao ver o sofrimento de uma pessoa tão querida, muitos familiares decidem fazer a doação ainda em vida.
Foi o que decidiu a personal trainer Rosana Passamani, de 41 anos, que doou um rim para o marido, o empresário Alessandro Stockl, 43.
Ao longo de 24 anos, os dois passaram por muitas situações e desafios juntos. Em 2008, eles enfrentaram as consequências de um grave acidente de moto sofrido pelo empresário, o que ocasionou uma insuficiência renal.
O casal estava noivo quando Alessandro ficou em coma por dois meses. Rosana explica que, por causa das altas dosagens de medicamentos do período após o acidente, o empresário adquiriu a doença.
Com isto, adiaram o casamento até que Alessandro estivesse recuperado. Em 2011, puderam oficializar a união.
Alessandro cuidou da insuficiência renal com dieta e medicamentos até 2016, quando teve uma piora. De acordo com Rosana, o rim não respondia mais e o médico orientou a fazer um transplante.
“Quando soubemos que um transplante seria necessário, eu não pensei duas vezes. Toda a minha vida foi ao lado dele. Não tinha como não doar. Não pensei em nada, em possíveis consequências para mim. Eu só pensava em prolongar os anos dele e dar qualidade de vida a ele”, relatou a personal trainer.
O transplante foi feito no dia 9 de junho de 2017, no Hospital Meridional, em Cariacica.
Após o alívio em resolver o problema de Alessandro, o casal agora espera o primeiro filho.
“Tínhamos dificuldade para engravidar porque as taxas hormonais dele eram instáveis. Agora está tudo bem, e estou grávida de dois meses”, contou.
O jornalista Luiz Fernando Brumana, 29 anos, também passou por um transplante de rim. O doador foi o irmão dele, o engenheiro ambiental João Vitor da Silva Brumana, 25. A cirurgia foi feita no Hospital Evangélico de Vila Velha.
“Tive insuficiência renal, que resultou na perda dos dois rins. Precisei fazer um ano e 10 meses de hemodiálise. Meu irmão decidiu doar e houve uma compatibilidade de 100%, o que é considerado raro. Eu acredito que o ato de doar um órgão é a maior expressão de amor que pode ter, porque você doa uma parte do seu corpo para outra pessoa”, disse o jornalista.
A Tribuna/ES
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