O deputado Márcio Pacheco, entre o governador Wilson Witzel e
o vice Claudio Castro-Foto/Repridução/Facebook
Depois de fazer as contas e perceber que suas chances eram irrisórias, o único deputado estadual do PSC de Wilson Witzel, Márcio Pacheco, (o outro, Chiquinho da Mangueira, está preso) retirou a candidatura à presidência da Assembleia Legislativa.
Numa reunião nesta quinta-feira à noite (4), como revelou o jornalista Paulo Cappeli no site do jornal O Globo, Witzel ofereceu uma saída honrosa ao moço: a liderança do governo. Pacheco aceitou.
A movimentação do Palácio Guanabara praticamente entregou a presidência ao chapão articulado pelo interino André Ceciliano (PT). O petista vem comandando a Casa desde 2017, mas se firmou no cargo depois da prisão de Jorge Picciani (MDB).
O PSL de Jair Bolsonaro, que tem a maior bancada, porém, não se conforma com presidência nas mãos de um deputado do PT e deve lançar um candidato do partido.
Para tentar fazer frente à maioria — que já se alinha a Ceciliano — o PSL vai buscar o apoio do Novo e do PRB, tentando colocar seus respectivos pré-candidatos, Chicão Bulhões e Tia Ju, em sua própria chapa. E buscar mais alguns gatos-pingados no PHS e outros partidos que comungam do mesmo antipetismo.
Afogado
Curiosa é a situação de Witzel diante da disputa. O ex-juiz diz que não vai interferir em assuntos internos da Assembleia.
O governador quer mesmo distância do assunto. Primeiro porque recebeu um recado de que o presidente Bolsonaro não o perdoaria, caso apoiasse a eleição de um petista.
Por outro lado, seria ainda pior para ele ficar ao lado do candidato perdedor.
Na dúvida, é melhor posar de democrata respeitador da independência entre os poderes.
Berenice Seara/Jornal Extra
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