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sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

“PEDI EXONERAÇÃO PORQUE ESTAVA HAVENDO NEPOTISMO” – DIZ EX-SECRETÁRIO DE EDUCAÇÃO DE CALÇADO, CIRO PASSALINE

Na última sessão ordinária da Câmara de Vereadores de São José do Calçado, que aconteceu na noite de ontem, o presidente da Casa, Roberto João (Cidadania), disse durante suas falas, na tribuna, que em 2021, o secretário de educação Ciro Passaline, pediu exoneração do cargo, no final do ano para receber o abono de 12 mil. Em conversa com o Broinha Notícias (BN), Ciro desmente as falas do vereador e explica o motivo da exoneração.
Na sessão da Câmara, o presidente apresentou a exoneração do secretário, que aconteceu no mês de setembro daquele ano. Mostrou também os vencimentos recebidos por Ciro, onde aparece o abono no valor de 12 mil reais, e em seguida, mostrou que Ciro voltou a ser nomeado no cargo, no dia 3 de janeiro de 2022. Para Roberto João, a exoneração teria ocorrido com o objetivo do secretário receber o abono no final de ano, já que, ele é professor da rede pública de ensino do município. Nesse caso, ele teria permanecido como professor após sua exoneração, até o final de dezembro.
O BN entrou em contato com Ciro Passaline, que está como secretário de educação. Ciro atendeu à nossa reportagem e explicou que, na época, houve uma denúncia de que havia parentes dele trabalhando na educação na forma de contratação direita, o que configurou nepotismo, e por isso, solicitou sua exoneração.
- Teve até uma matéria publicada no próprio Broinha Notícias, sobre a prática de nepotismo, onde meu filho e mais nove parentes meus estavam trabalhando na secretaria, e foi aí que o jurídico me orientou a pedir exoneração ou então que os meus parentes fossem exonerados – explicou.
Ciro reconhece que houve sim nepotismo na época, e que para não sacrificar o filho e os demais membros da família, pediu então a exoneração.
- Estávamos no início de nossa administração, não nos atentamos para isso, e quando saiu a denúncia logo procurei o Ministério Público e o jurídico da prefeitura para saber o que eu deveria fazer, e como não há vaidade da minha parte, solicitei então minha exoneração. Eu não pedi exoneração para receber o abono, mas sim para consertar esse erro. – concluiu o secretário.
Ciro Passaline, ainda em conversa com o BN, lamentou as falas do presidente da Câmara quanto às verbas do FUNDEB, ele disse que: “para falar sobre esses recursos financeiros da educação, é preciso ter conhecimento técnico para não falar bobagens.” O secretário disse também que com relação ao valor final que a secretaria vai ter dos recursos do FUNDEB, só saberá qual será o montante total, no dia 30 de dezembro, que é quando chegam todas as verbas direcionadas à educação.

Broinha Noticias

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