Páginas

sexta-feira, 17 de outubro de 2014

QUATRO MORTES NA BACIA DE CAMPOS

Clique na foto para ampliá-la
Clique na foto para ampliá-la
Sindicato alega que atendimento médico nas plataformas não está sendo bom o bastante para prevenir mortes.

Com a morte de quatro trabalhadores em plataformas da Bacia de Campos em menos de um mês, o Sindicato dos Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro-NF) está questionando a Petrobras sobre o atendimento médico que é feito nas plataformas. Para o sindicato, o atendimento que é feito por telefone e através de videoconferência, já que nas plataformas não mantém equipes médicas de pronto atendimento e somente técnicos em enfermagem, não é o ideal.
O posicionamento do Sindipetro-NF é que as mortes poderiam ser evitadas caso o atendimento fosse imediato e completo. Em nota, o sindicato informou que cobrou explicações à Petrobras sobre as razões para a empresa manter a bordo pessoas que se queixam de dores e passam mal em unidades, demorando para realizar o desembarque. Segundo o Sindipetro-NF, a empresa afirma que mantém serviço de resgate aeromédico 24 horas. "O sindicato defende o atendimento presencial dos médicos a bordo, seja com o embarque destes profissionais por unidade ou por zonas da Bacia de Campos". A assessoria de imprensa da Petrobras foi contatada, mas até o fechamento desta edição não respondeu aos questionamentos.
Na última terça-feira (14), Ubirajara Silva Lima morreu após ter passado mal a bordo. Ele era funcionário da UTC e prestava serviço na plataforma PPM-1. Após ter se queixado de dores abdominais, ele foi desembarcado pelo resgate aeromédico e chegou a ser atendido em um hospital de Campos. No último domingo (12), Sérgio França Antunes, de 61 anos, também morreu. Ele era tripulante do rebocador TS Ouriçado e chegou a ser levado para a plataforma P-52, mas morreu a bordo.
No último dia cinco, uma taifeira, de 33 anos, foi três vezes à enfermaria com problemas de pressão. Em seu desembarque, ele passou mal no aeroporto de Jacarepaguá e morreu. Ela trabalhava para a empresa FOSS ESG. No dia 19 de setembro, o funcionário da Petrobras, Jorge Antônio Tomaz, técnico de operações na plataforma PCH-2, morreu no aeroporto de Macaé após ter passado mal por dois dias.

Matéria Jornal O Diário.

Nenhum comentário:

Postar um comentário