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quarta-feira, 22 de outubro de 2014

MATERNIDADE É CONDENADA A INDENIZAR PAIS DE BEBÊ


FOTO ILUSTRATIVA -INTERNET.
Na última semana, a Justiça do Rio de Janeiro, por meio da 24ª Câmara Civil, condenou a Maternidade Lília Neves, em Campos dos Goytacazes, no Norte do Estado, a indenizar em R$ 50 mil um casal que teve o filho identificado como menina após o parto. O caso aconteceu em 2011, e a avó do bebê, durante uma troca de fraldas, é que constatou que o a criança era do sexo masculino, ao invés do feminino, como anunciado pela maternidade ainda no pré-natal. De acordo com o advogado do casal, Carlos Oliveira de Abreu, os pais tiveram que fazer exame de DNA para comprovar que a criança era realmente deles.
“Os problemas começaram já no pré-natal. Os pais prepararam o enxoval do bebê e escolheram o nome, baseados no resultado de que a criança era uma menina. Todos os procedimentos realizados na maternidade também seguiram como se o bebê fosse do sexo feminino. O grampo umbilical e a pulseira de identificação da criança eram da cor rosa. Os pais chegaram a pensar que havia ocorrido uma troca de bebês. A declaração de nascimento vivo, utilizada para realizar o registro em cartório, também foi emitida como se a criança fosse uma menina”, explicou o advogado.
A Clínica Pró-Vida e a Maternidade Lília Neves foram processadas e durante a audiência conciliatória houve um acordo. A Pró-Vida pagou a quantia de R$ 12 mil para cada um dos dois autores, pai e mãe. Na ocasião, a Maternidade não aceitou o acordo. Pelo telefone, o advogado da Clínica disse: “Errar todo mundo erra. Reparamos os erros conforme a Justiça determinou”.
A equipe de reportagem do G1 entrou em contato com o advogado da Maternidade Lília Neves, que informou que não tem autorização para falar dos processos sob sua respnsabilidade. A diretora administrativa da unidade, Marta Henriques, não foi localizada, mesmo após várias tentativas de contato.
O advogado dos autores da ação, Carlos de Abreu, disse que foi informado que a Maternidade estaria recorrendo da decisão no Superior Tribunal de Justiça (STJ). O casal, que preferiu não conversar com a imprensa, aguarda o resultado do recurso.
G1 Norte Fluminense.

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