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Dezenas de carroceiros voltaram a se manifestar contra a Lei Estadual 7.194/16, que proíbe a atividade de transporte de cargas e pessoas em veículos de tração animal em todo o território do Rio de Janeiro.
Cientes de que o poder público municipal não tem responsabilidade sobre a determinação, os trabalhadores buscaram apoio dos vereadores para intermediarem o problema deles junto aos deputados estaduais.
As carroças chegaram em frente da Câmara Municipal por volta das 09h e como não havia vereadores, seguiram rumo à prefeitura de Campos, onde fecharam as duas vias da Avenida Nilo Peçanha e obstruíram os acessos do Centro Administrativo José Alves de Azevedo. Quatro representantes foram atendidos.
Fidélis Pereira da Silva, de 51 anos, é analfabeto e há 25 anos trabalha como carroceiro. Vindo de São Fidélis para Campos, ainda jovem, foi com a carroça que conseguiu sustentar sua família e educar seus cinco filhos.
“Nós estamos sendo julgados sem saber o porquê. Eu acho que deveriam buscar alguma outra maneira de resolver o problema, como, por exemplo, pintar as carroças de cores diferentes e nos dividir por bairros. Nós somos trabalhadores e quando chega na eleição os vereadores e os deputados vêm nos procurar. Agora onde eles estão para nos ajudar. Se eu não tiver a carroça, o que eu vou fazer?”, questionou o carroceiro.
Segundo Fidélis a opção do ‘cavalo de lata’ que chegou a ser mencionado em audiência na Câmara não os atenderia porque muitos carroceiros não têm habilitação e um veículo ciclo motor de baixa potência não teria eficiência diante ao peso da carga. A opção dada pelos carroceiros é de que o poder público pague o valor da carroça e do animal e os contrate com salários de R$ 2 mil.
Ururau
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