As agressões surpreenderam a mãe da vítima (Foto: Bernardo Coutinho/A Gazeta) |
Caso aconteceu na madrugada de sábado, em Jardim Camburi, Vitória.
Vítima ainda teria levado socos e mordidas.
Uma mulher de 34 anos denunciou o namorado, um personal trainer, 35 anos, por tentar sufocá-la com uma almofada na madrugada deste sábado (16), em Jardim Camburi, Vitória. A vítima ainda teria levado socos e mordidas.
O casal namora há três meses, mas segundo a mulher, as brigas são frequentes. Porém, na madrugada deste sábado, as ofensas terminaram em agressões físicas. O agressor é o mesmo que em abril de 2014 foi esfaqueado por um colega de profissão durante uma briga em Jardim da Penha, Vitória, em frente à academia onde ambos trabalhavam.
De acordo com o boletim de ocorrência, por volta das 4h, o casal foi até Vila Velha buscar uma amiga. Ao chegarem no local, a mulher teria dito que não poderia sair, o que irritou o personal. Na volta para Vitória, a vítima foi ameaçada pelo namorado, que chegou a dizer que jogaria o carro contra um poste. Ao chegarem em Jardim Camburi, ele obrigou a mulher a entrar no apartamento dele e iniciou as agressões.
A mulher contou que levou socos e mordidas e que o namorado tentou sufocá-la com uma almofada. Ela chegou a fingir um desmaio para impedir que ele continuasse. Assim que ele retirou a almofada, ela correu até a janela e pediu socorro. Dois porteiros do prédio subiram para averiguar a situação e ela conseguiu sair da casa, acionando a polícia.
Militares encaminharam a mulher até o Plantão Especializado de Atendimento à Mulher. O personal não foi preso, mas o motivo não foi detalhado pela polícia. Segundo a mãe da vítima, os policiais não subiram ao apartamento para conduzir o agressor à delegacia.
“Já tinha alertado para sair fora”
A mãe da mulher agredida, uma vendedora de 52 anos, conta que ficou surpresa com a atitude violenta do ex-genro, apesar das brigas constantes entre o casal. No entanto, ela conta que atitudes do personal, dias antes, já indicavam que algo estava errado no relacionamento.
Sua filha contou sobre a agressão?
Ela chegou em casa com marcas no pescoço e nos braços. Disse que ele parecia estar fora de si. Eles namoravam há três meses, pensavam em morar juntos e em ter um negócio juntos. Ele já tinha vindo aqui em casa e parecia ser uma pessoa boa. Ele é nervoso, mas se não mexer com ele, ele não faz nada.
Eles brigavam muito?
Há 15 dias ele esteve na varanda da minha casa, dizendo que ele e minha filha marcaram de ir à praia, mas ela não foi. Ele disse: “Vocês não me conhecem, não sabem do que eu sou capaz”. Eu perguntei se ele ia fazer algum mal para ela, matá-la, e ele disse que ia fazer pior. Mas eu disse a ele que ela não estava sozinha nesse mundo. Depois disso ele voltou aqui normalmente.
O namoro acabou?
Ela disse que acabou, também nem pode continuar. Se ela voltar, é porque não tem vergonha. Ela pediu para eu pegar o celular, que ficou na casa dele. Eu vou atrás para pegar. Com ela, ele não vai fazer mais nada.
Você sabia do esfaqueamento?
Sabia. Eu já tinha alertado para sair fora porque tinha alguma coisa errada.
Iara Diniz e Maíra Mendonça/De A Gazeta
Nenhum comentário:
Postar um comentário