Localidade de Mimoso do Sul tem 1,5 mil habitantes.
Professoras tiveram carro levado por criminosos pela manhã.
Os moradores da localidade de Ponte de Itabapoana, em Mimoso do Sul, região Sul do Espírito Santo, estão preocupados com a quantidade de roubos e assaltos no distrito. Eles relatam que os crimes acontecem frequentemente, à luz do dia.
Procurada pela reportagem, a Polícia Militar informou que o índice de criminalidade na região é baixo e que alguns criminosos que estavam agindo no local foram detidos. A PM prometeu aumentar o policiamento com uso de viaturas na região.
Duas professoras contaram que tiveram os carros roubados durante a manhã. “Eu não tenho mais coragem nem de sair para trabalhar nem de pegar um carro e dirigir sozinha. Eles usam palavras que assustam. Colocam a arma, praticamente, na nossa cabeça. É terrível, é uma situação que mexe muito com seu emocional”, contou Cleide Fraga.
A professora Wanda Tebaldi contou que teve uma arma apontada para ela e foi deixada um uma estrada de terra, sem sinal de celular.
“Um assumiu a direção do meu carro, mandou que eu deitasse o banco, tampou meu rosto e ficou o tempo todo com a arma apontada para mim. Me levaram para uma estrada de chão horrorosa, onde não havia sinal de celular. Foi um terror. Eu nunca imaginei passar por isso nessa região aqui. A gente precisa de um posto policial instalado em posto de Itabapoana. É urgente”, declarou.
O distrito faz divisa com o Rio de Janeiro e tem cerca de 1,5 mil moradores. Os moradores atribuem a falta de segurança à ausência de posto de polícia, que foi desativado em 2007, e à localização do distrito, que é saída para a o estado do Rio de Janeiro, o que facilita a ação dos criminosos.
“Nós somos divisa do estado do Rio, ou seja, atravessou uma ponte de você está no Rio. É muito fácil. O pessoal do Rio está vindo para cá praticar vários tipos de ação e deixa nossa população à mercê”, explicou o agricultor Marcos Moreira.
Na ponte que divide os estados, há uma casa onde funcionava um ponto de fiscalização. Segundo os moradores, o local foi reformado para servir como base da Polícia Militar, o que nunca chegou a acontecer.
Os moradores pediram ajuda do estado, na Secretaria Estadual de Segurança Pública (Sesp) e na Polícia Militar, e as respostas foram que, por inviabilidade econômica e estratégica, era impossível atender a localidade.
“A gente precisa que isso seja revertido urgentemente. O que que o estado está esperando mais? Que estratégia de segurança é essa? Em que se baseia essa decisão do estado? Insistindo em uma política de segurança que não está funcionando”, declarou o professor Zacarias Mattos.
Da TV Gazeta
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