O trabalho do Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) é referência em todo o Brasil. Recentemente, o extensionista do Incaper de Apiacá Ivo Miranda Pereira Tebaldi participou do ciclo de palestras promovido pelo Instituto Federal Fluminense (IFF) em Bom Jesus de Itabapoana, no estado do Rio de Janeiro. Ele ministrou palestra sobre a importância da extensão rural para a agricultura familiar do Espírito Santo.
“Destacamos que é necessário valorizar os extensionistas ‘não oficiais’ que fazem o trabalho dentro de suas comunidades e municípios e que nos auxiliam no trabalho de propagação das políticas públicas e no trabalho de fortalecimento das associações e de grupos de agricultores familiares. Abordamos a perspectiva que os alunos devem ter com relação à extensão rural e o papel que eles podem executar perante as comunidades, como agentes promotores do desenvolvimento com o respeito aos saberes e à cultura local. É difícil fazer extensão com parcos recursos, por isso a criatividade e a interação com movimentos do campo auxiliam muito o nosso trabalho de levar esperança às comunidades”, disse Tebaldi.
O evento teve como tema a agricultura familiar. O ciclo de palestras foi direcionado a professores e alunos dos cursos técnicos da área agropecuária e meio ambiente do IFF. Diversas autoridades participaram do evento, como lideranças do Movimento de Pequenos Agricultores (MPA) no Sul do ES; o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Apiacá; o presidente da Associação dos produtores e moradores de Palmital; o presidente do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural de Apiacá, representantes do Assentamento Renovação do Aré de Itaperuna-RJ, além da diretoria do IFF e secretários municipais de agricultura de Bom Jesus do Itabapoana (RJ) e de Bom Jesus do Norte (ES).
O MPA tratou assuntos como a alimentação saudável, com valorização da atividade e dos agricultores familiares; a luta por políticas públicas como moradia rural e comercialização institucional (PNAE e PAA); e o histórico do movimento com intuito de combater o preconceito contra os movimentos sociais do campo. A importância da participação das organizações de agricultores familiares nos conselhos, e a atuação dos conselhos municipais na fiscalização da execução das políticas públicas também foram temas tratados no evento. Foram abordados ainda aspectos relacionados à necessidade da renovação das lideranças rurais. Os representantes do assentamento relataram o cotidiano e a qualidade de vida que eles têm agora e fizeram a defesa da reforma agrária como forma de combate ao preconceito.
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