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quinta-feira, 30 de março de 2017

PEDRA DO GARRAFÃO É DESTAQUE NO DISTRITO CAMPISTA DE SANTO EDUARDO

Ambiente agradável, ar puro e mata nativa preservada
A Pedra do Garrafão é um dos cartões postais do distrito de Santo Eduardo, na região norte de Campos. No local, além da mata, a cachoeira preservada e o ambiente rural. A comerciante Rita Tostes Mota, que nasceu no Garrafão, opinou que a fé em Nossa Senhora do Carmo mantém os moradores que preservam a festividade e recordam os tempos que, no local, muitas famílias foram construíram. 
Ambiente agradável, ar puro e mata nativa preservada. O Garrafão tem os atrativos para o desenvolvimento de um projeto de turismo rural e religioso. Com a falta de oportunidades de trabalho, a maioria dos moradores sai para os centros urbanos, mas pelo menos um dia no ano voltam à comunidade: na Festa de Nossa Senhora do Carmo, um encontro de amigos e familiares. Rita deixa tudo para ajudar na organização da igreja, a fim de receber centenas de católicos.
“A Festa de Nossa do Carmo é a tradição mantida pelas famílias no Garrafão. A minha, por exemplo, neste dia se reúne e nós agradecemos a Deus por nossa mãe sempre estar no nosso meio. Uma mulher forte que nos deu exemplos de vida. Essa festa é importante, pois preserva a devoção”, disse Rita Tostes. 
Uma das reivindicações dos moradores que resistiram e continuam morando na localidade é a conservação da estrada que liga Campos à cidade de Bom Jesus do Itabapoana, que em tempo de chuvas fortes chega a ser interditada, dificultando o escoamento da produção leiteira. Com o fechamento da Escola Municipal Nossa Senhora do Carmo, as crianças se deslocam até Santa Maria ou Morro do Coco. 
O meio rural com as fazendas produtoras de leite é um dos atrativos para o turismo rural. O sonho dos moradores é que no local possa ter atendimento médico, telefonia e melhor aceso. Com a criação de um projeto de turismo rural, além de possibilitar condições para que os jovens não sejam obrigados a sair em busca de emprego, movimentaria a comunidade, hoje com poucas famílias residentes. 
Delço Azevedo continua trabalhando numa propriedade rural, mas mora na localidade de Espírito Santinho. Todos os dias ele se desloca até o local. Lá ainda mora a irmã com três filhos. “Nasci e morei muitos anos no Garrafão, mas tive de sair para Espírito Santinho. Além de ter mais facilidade de acesso à cidade, possuímos mais recursos. Minha mãe está idosa e tenho um irmão que necessita de cuidados especiais. No Garrafão a gente encontra dificuldade de levá-los a médicos. Gosto do Garrafão e minha irmã continua lá, mas minhas sobrinhas saem para a cidade, onde trabalham em lojas”, revelou.

O Diário

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