Conselheiros são apadrinhados pelos próprios governadores e eleitos pela Alerj
Quem guardará os guardiões? A pergunta é antiga, proposta pelo filósofo grego Platão, em “A República”, sua obra sobre governo e moralidade. A questão, no entanto, permanece atual, como nos mostra a operação 'O Quinto do Ouro', da Polícia Federal (PF), que mira conselheiros do Tribunal de Contas do Rio de Janeiro (TCE-RJ), supostos “guardiões” das finanças públicas.
A sociedade perfeita, proposta por Sócrates, deveria ter uma classe de guardiões para proteger a cidade. Seu discípulo Platão propôs que os guardiões deveriam se proteger deles mesmos. Na prática, o que se vê no Rio de Janeiro, no entanto, é que os “guardiões” das contas públicas não apenas não as fiscalizam como são parte da quadrilha que drena os cofres do estado.
No cerne do problema, está o modelo de nomeação dos conselheiros. Todos chegam até o sonhado emprego público vitalício com o aval de um padrinho político. Não fazem concurso público, não são servidores de carreira, nem sempre têm alguma intimidade com o orçamento público, mas garantem suas nomeações à base de indicações políticas.
O GLOBO
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