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terça-feira, 25 de julho de 2017

“ELA QUIS QUE NÓS ASSISTÍSSEMOS TUDO”, DIZEM ESTUDANTES SUSPEITOS DE ESTUPRAREM ALUNA EM ESCOLA DE BOM JESUS

Os mais de dez estudantes suspeitos de estuprarem uma aluna de 13 anos do Colégio Padre Mello, em Bom Jesus do Itabapoana, Região Noroeste do Rio de Janeiro, se defenderam da acusação de estupro coletivo dizendo para à polícia que a menina quis que eles assistissem a relação sexual dela com o namorado na quadra da escola. Ou seja, eles argumentam que a participação de todos foi somente assistindo o ato e tudo com o consentimento dela. A justificativa, porém, não isenta os rapazes de responsabilidade, mesmo sendo provado que eles não a estupraram. Isso porque a lei determina que o consentimento só é válido para maiores de 14 anos. Se forem considerados culpados, os estudantes podem cumprir até três anos de apreensão.

Já a garota tem outra versão: ela conta que estava com o namorado e ele a chamou para irem para quadra. Ela aceitou e, no momento em que chegaram, foi chantageada por outros adolescentes a manterem relações sexuais sob pena de ter o ato contado para o diretor da escola e familiares. “Eu estava com meu namorado, aí ele me chamou pra ir na quadra, aí eu topei, pensei que fosse só com ele. Aí, sei lá, eu acho que ele bolou um plano e tinha um monte de menino. Eu falei: ‘Pra quê um monte de menino?’. Aí, ele não quis responder. Aí os meninos me ameaçaram, falaram que eu tinha que fazer com eles”. O relato é de uma menina de 13 anos. A polícia investiga a denúncia de abuso sexual dentro de uma escola pública no Estado do Rio: ela teria sido estuprada repetidas vezes por 14 alunos.
O diretor do Colégio Estadual Padre Mello, que foi procurado pela reportagem do jornal Notícia Urbana, mas não quis dar entrevista, foi afastado do cargo pela Secretaria de Estado de Educação (Seeduc). Segundo a Polícia Civil, ele tinha ciência do crime e também responderá criminalmente.
Em entrevista a um programa de TV neste domingo, a menina disse que ela não quer mais estudar, mas foi convencida pela avó a trocar de escola para ter um futuro melhor.
Ela foi submetida a exames para identificar possíveis doenças sexualmente transmissíveis, mas todos deram negativo. Ela passará por tratamento médico e psicológico.

Noticia Urbana/Foto: Reprodução/ Fantástico – TV Globo

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