Idealizado
em 2013, o projeto já plantou mais de 4.000 mudas em áreas de proteção de
nascentes
O uso de
áreas naturais para o desenvolvimento de atividades como a agricultura e a
pecuária é um dos fatores que ocasionam a redução de áreas de mata ciliar.
Trata-se de uma formação vegetal localizada nas margens de rios, lagos,
represas e nascentes que possui um importante papel na preservação dos mesmos.
Sua ausência pode ocasionar escassez de água, erosão, assoreamento e até o
comprometimento da qualidade da água. Buscando impedir esses eventos, o Projeto
Nascente já plantou 4.124 mudas, de 47 espécies, em propriedades próximas a Bom
Jesus do Itabapoana.
Coordenado pelas servidoras Mirian de
Souza Valadão e Lília William Gonçalves, ambas do Campus Bom Jesus do Itabapoana,
o projeto foi iniciado em 2013, com um estudo sobre a situação das nascentes da
região. Os plantios começaram no final de 2015, e desde então, vêm crescendo
com o apoio de alunos, servidores e instituições da cidade, como o Rotary Bom
Jesus, que doou materiais e insumos para a produção de 7.000 mudas, e a escola
de idiomas Language Center, que também contribui periodicamente com mudas.
Barra do Pirapetinga, Rosal e Mutum são as
localidades próximas a Bom Jesus do Itabapoana que já são beneficiadas pelo
projeto. A mais recente ação aconteceu na Fazenda Limoeiro, propriedade de
Petrônio Figueiredo e Martha Ourique, em Rosal. Um total de 500 mudas foram
plantadas por um grupo de 24 alunos do IFF Bom Jesus, além de servidores e de
cidadãos locais. “As comunidades onde plantamos têm participado ativamente do
processo. A cada dia surgem mais pessoas interessadas em reflorestar as
nascentes e áreas de recarga de suas propriedades. Um fato interessante é que
alguns proprietários passam a fazer parte da equipe, buscando novos adeptos e
participando não só do momento do plantio, mas também do planejamento, com
doação de sementes, entre outras coisas”, explica a coordenadora Mirian
Valadão, orgulhosa pelo reconhecimento recebido onde estão inseridos.
Ela também destaca o trabalho de educação
ambiental realizado com estudantes do ensino fundamental de escolas dos
distritos atendidos pelo projeto, que têm a oportunidade de plantar e aprender
sobre a importância de preservar as nascentes por meio da proteção da vegetação
local. “Ver o empenho com o qual as crianças das primeiras séries plantam as
mudinhas é muito satisfatório. Nossos alunos voluntários também tiveram um
desempenho admirável, tanto na realização do trabalho, que é difícil e
cansativo, como no comportamento durante as atividades, por meio das quais o
aluno contextualiza o problema ambiental e amplia sua visão do mundo,
desenvolvendo uma consciência ambiental”, conclui.
O NORTE FLUMINENSE
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