Foto/Luciano
Belford/Agência O Dia
O desembargador federal Abel Gomes, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), decidiu por converter a prisão temporária em prisão preventiva de 10 acusados presos na Operação Furna da Onça, que apura esquema de propina na Assembleia Legislativa do Estado do Rio (Alerj). No texto, divulgado por volta das 23h, Gomes aceitou o pedido do Ministério Público Federal (MPF) para os deputados estaduais André Correa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Coronel Jairo (MDB), Luiz Martins (PDT), Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinícius 'Neskau' (PTB) e do secretário de Governo Affonso Henrique Monnerat, de Daniel Martins (enteado de Luiz Martins), do ex-chefe de gabinete do deputado André Correa, José Antonio Wermellinger Machado e de Leonardo Mendonça Andrade, assessor do deputado Marcos Abrahão.
O pedido do órgão, acolhido em parte pelo desembargador, se baseou na suspeita de um possível vazamento da ação e as prisões garantiriam a preservação da ordem pública, considerando "os graves crimes praticados e as tentativas de destruir provas".
O magistrado também decretou a prisão preventiva dos irmãos Andreia Cardoso do Nascimento e Fabio Cardoso do Nascimento, assessores do deputado Paulo Melo e reiterou as prisões dos deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi.
O Ministério Público Federal havia pedido, ainda, a decretação de prisão preventiva do deputado Marcelo Simão (PP), da diretora de registros do Detran Carla Adriana Pereira e de Magno Cezar Motta, assessor do deputado Paulo Melo.
Gomes decidiu não acolher o pedido e substituiu as penas por medidas alternativas. O deputado Simão não pode comparecer à Alerj, está proibido de sair do país e terá que entregar seu passaporte. Já Carla Pereira e Magno Motta foram suspensos de seus cargos públicos e proibidos de entrarem e frequentarem o Detran e a Alerj. Os dois também terão de entregar seus passaportes e estão proibidos de deixar o Brasil.
Alcione Chaffin Andrade Fabri, chefe de gabinete do deputado Marcos Abrahão (Avante) e Jorge Luis de Oliveira Fernandes, ligado ao Coronel Jairo (MDB), terão suspensos o exercício da função pública. Já o ex-presidente do Detran, Leonardo da Silva Jacob, e a ex-chefe de gabinete do deputado Edson Albertassi, Shirley Aparecida Martins Silva, estão proibidos de exercer cargos públicos. Eles também terão de entregar seus passaportes em até 48h.
O deputado eleito Vinicius Farah, Jennifer Souza da Silva, Jorge Luiz Ribeiro e Marcus Wilson Von Seehausen serão soltos sem cumprir medidas alternativas, a pedido do MPF.
O Dia
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