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quarta-feira, 11 de maio de 2016

SENADO DECIDE HOJE SE AFASTA DILMA DA PRESIDÊNCIA

A presidente da República, Dilma Rousseff, durante Conferência Nacional de Políticas para as mulheres, realizada em Brasília (DF) - 10/05/2016
Foto: Evaristo Sá/AFP
Passados pouco menos de 24 anos da sessão que resultou no afastamento de Fernando Collor de Mello do Palácio do Planalto, o Senado Federal volta nesta quarta-feira a selar o destino de um presidente da República: após uma sessão de debates que deve se estender até a noite, os senadores deverão decidir se abrem processo contra a petista Dilma Rousseff por crime de responsabilidade, afastando-a do cargo por até 180 dias. Nada no horizonte indica que a presidente escapará hoje de mais uma derrota no Congresso - num afastamento provavelmente sem volta.
A sessão desta quarta será dividida em três blocos: um das 9 horas da manhã ao meio-dia, outro das 13 horas às 18 horas, e o último bloco, com as falas do relator na comissão especial, Antonio Anastasia (PSDB-MG), e do advogado-geral da União (AGU), José Eduardo Cardozo, das 19 horas em diante. O roteiro do impeachment prevê ainda que todos os senadores que se inscreverem tenham até 15 minutos para se manifestar da tribuna. A expectativa é de que cerca de 67 dos 81 integrantes do Senado se apresentem para oferecer argumentos pró e contra o seguimento do processo de impeachment de Dilma.
Se aprovado o afastamento, Dilma será julgada pela Casa em até 180 dias. Quem presidirá o julgamento será o presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski. A perda definitiva do cargo exige o aval de 54 senadores. Alcançada essa votação, Dilma será destituída e o vice-presidente, Michel Temer, do PMDB, será empossado para governar o Brasil até as eleições de 2018. Caso contrário, a petista reassume a Presidência imediatamente.

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