"Recebemos denúncias de funcionários semianalfabetos que se candidataram para a vaga de professores onde o máximo de ponto era 60 e muitas pessoas conseguiram ultrapassar essa pontuação", disse o delegado
Candidatos que apresentaram documentos falsos para serem aprovados no processo seletivo que ocorreu em Itapemirim, no Litoral Sul, em meados de agosto deste ano estão sendo investigados. Alguns foram aprovados em primeiro lugar para cargos que exigiam nível superior, mas na verdade não possuíam esta formação.
As investigações iniciaram após denúncias, de acordo com a Polícia Civil. O delegado, Djalma Pereira, informou que alguns funcionários chegaram a ultrapassar a pontuação exigida no edital com a apresentação da documentação falsa.
“Recebemos denúncias de funcionários semianalfabetos que se candidataram para a vaga de professores onde o máximo de ponto era 60 e muitas pessoas conseguiram ultrapassar essa pontuação. O primeiro colocado no concurso é um dos fraudadores”, revelou.
A prefeitura encaminhou os documentos solicitados pela PC para conferir a autenticidade dos documentos. "Verificamos que vários documentos foram fraudados. Um deles estava 'A aluna' e seguia o nome de um candidato do sexo masculino. Em outro, os carimbos que deveriam ser da instituição de ensino era impresso junto com a diploma, como se fosse uma cópia”, disse.
Algumas pessoas que foram aprovadas já estão atuando na prefeitura. Foram aprendidos computadores e todo material foi encaminhado para a perícia. Djalma ainda garantiu que, após a comprovação da fraude, os suspeitos responderão por falsificação de documento público e outros por uso de documentos falsos. A pena vai até 8 anos.
A Prefeitura de Itapemirim foi procurada, mas não quis se pronunciar sobre o assunto.
Gazeta Online
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