"Ele vai responder pelos crimes de receptação e uso de documento falso. Achou que fosse o caminho mais fácil e não foi. Agora está com a ficha suja", comentou o delegado Érico Mangaravite.
Entre os clientes da quadrilha acusada de falsificar documentos, vender veículos roubados e de fraudar débitos junto ao Detran, está um homem que fez prova para tirar a CNH por 18 vezes e, como não conseguiu, optou por comprar a carteira. “Ele vai responder pelos crimes de receptação e uso de documento falso. Achou que fosse o caminho mais fácil e não foi. Agora está com a ficha suja”, comentou o delegado Érico Mangaravite.
A “Operação Tsunami”, realizada pela Delegacia de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV), aponta como a chefe do esquema, Andrea Ferreira Leone, 44, que atuava de forma clandestina como despachante. Ela está foragida. Além de Andrea, a polícia procura Necivaldo Oliveira de Jesus, 45, que participava na adulteração dos veículos roubados.
Foram nove meses de investigação até a identificação dos integrantes da quadrilha. Os outros indiciados, oito pessoas no total, são clientes do grupo. Os suspeitos atuavam em três frentes. Falsificavam documentos como carteiras de identidade e habilitação, documentos de veículos e notas fiscais.
A organização criminosa também quitava, irregularmente, débitos de licenciamentos e multas junto ao Detran hackeando contas bancárias de terceiros por meio da internet. Para completar a “trilogia” do crime, eles adulteravam e vendiam veículos fruto de furtos ou roubos.
Segundo a polícia, as investigações resultaram em um inquérito policial com 389 páginas. O relatório aponta que Andrea era a responsável por receber os nomes e contatos de possíveis interessados em quitar débitos com o Detran de forma fraudulenta.
De posse dos nomes, Andrea intermediava as negociações entre os interessados e o “hacker” (que ainda não foi identificado), recebendo valores em sua conta - em geral, aproximadamente 60% do valor da dívida.
Os integrantes da quadrilha vão responder pelos crimes de furto qualificado, apropriação indébita, receptação, falsificação de documento público, uso de documento falso, adulteração de veículo e formação de quadrilha.
Gazeta Online
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