Uma comunidade localizada no Córrego Sossego, na zona rural de Guaçuí, está buscando a sua certificação como quilombola. Como documento, seus membros poderão ser reconhecidos como descendentes afro-brasileiros, o que significa novas oportunidades culturais e de geração de renda, além de resgate histórico para o município.
Segundo a Secretaria Municipal de Agricultura (Semag), de Guaçuí, que está acompanhando e dando apoio ao processo, a comunidade conta com aproximadamente 30 famílias que vivem da produção agrícola, como café e leite, principalmente. “A certificação como comunidade quilombola pode abrir caminhos para novas oportunidades, como a geração de renda para os moradores, além da questão turística e histórica, tão importante não só para a comunidade como para Guaçuí, pois conta a história da construção do município”, destacou Kênia Resende Cardoso, da Semag.
Como explica Kênia, os moradores do local se autodeclaram quilombolas e suas atividades valorizam as tradições de seus antepassados, como a tradicional festa religiosa de 13 de maio, Dia da Abolição da Escravatura. “É um grande evento que reúne pessoas de várias regiões e movimenta a comunidade”, afirmou, destacando que as características também se acentuam na culinária, com a fabricação de produtos como a farinha de mandioca, açúcar mascavo e polvilho, entre outros.
Num primeiro passo para a certificação como quilombola, no último dia 28 foi feita, na própria comunidade, uma reunião com o coordenador estadual de Comunidades Quilombolas do Espírito Santo, Arilson Ventura. De acordo com a Semag, toda a documentação já foi encaminhada à Fundação Palmares, para a abertura do processo de solicitação de certificação.
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