Páginas

sábado, 16 de junho de 2018

CAMPOS ENTRE AS 100 CIDADES MAIS VIOLENTAS DO PAÍS, SEGUNDO IPEA E FBSP

Município ocupa a 76ª posição, com 55,8 homicídios para cada 100 mil habitantes

Campos está entre as 100 cidades mais violentas do Brasil, segundo pesquisa Atlas da Violência 2018 – Polícias Públicas e Retratos dos Municípios Brasileiros, lançada nesta sexta-feira (15/06) pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O município ocupa a 76ª posição no ranking, com 55,8 homicídios para cada 100 mil habitantes.
Um mapeamento das mortes violentas no Brasil constatou que 50% delas ocorreram em apenas 123 municípios, o equivalente a 2,2% do total de municípios brasileiros. Destes, 33 estão localizados nos Estados do Rio de Janeiro e da Bahia.
Ao todo foram analisados 309 municípios, ou seja, todos aqueles que tinham mais de 100 mil habitantes em 2016. Os três mais pacíficos, segundo o Atlas da Violência 2018, são: Brusque (SC), Atibaia (SP) e Jaraguá do Sul (SC). Os três mais violentos são: Queimados (RJ), Eunápolis (BA) e Simões Filho (BA).
Quando se analisam somente as capitais, o Atlas revela que as três com maiores taxas de morte violenta são Belém (PA), Aracaju (SE) e Natal (RN). Entre as três com menores taxas estão São Paulo (SP), Florianópolis (SC) e Vitória (ES).
O estudo conclui, ainda, que há uma correlação entre as condições educacionais, de oportunidades laborais e de vulnerabilidade econômica e a prevalência de mortes violentas. Para isso, analisou indicadores de educação infanto-juvenil, pobreza, gravidez na adolescência, habitação, mercado de trabalho e vulnerabilidade juvenil. Os municípios com menor acesso à educação, com maior população em situação de pobreza e maiores taxas de desocupação apresentam maiores taxas de mortalidade violenta.
De forma coerente com o que foi apresentado na edição do Atlas da Violência 2018 apresentada em 5 de junho, observou-se maior prevalência de violência letal em municípios localizados nas regiões Norte e Nordeste do país. Além disso, nos municípios com as piores taxas, metade das mortes violentas aconteceu em no máximo 10% dos bairros.
O estudo discute o papel da prevenção social dentro de uma abordagem de políticas efetivas de segurança pública e expõe elementos fundamentais geralmente presentes nas experiências nacionais e internacionais que tiveram êxito em reduzir crimes violentos.
Nesse contexto, a pesquisa chama a atenção para alguns pontos, como o comprometimento do político principal (seja presidente, governador ou prefeito) com a vida das pessoas; a organização da gestão da segurança pública com base no método científico e nas evidências empíricas; a mobilização e articulação de todas as forças e atores sociais na busca pela paz; o controle e a retirada das armas de fogo e de munições de circulação; a disseminação de espaços de mediação de conflitos; a mudança do modelo de polícia, de uma abordagem meramente reativa, para um modelo de repressão qualificada; bem como a estruturação de uma política de prevenção social, focalizada nos territórios mais conflagrados e nas crianças e jovens.

Fonte: Ururau / Ipea

Nenhum comentário:

Postar um comentário