Cafezinho caro, viagra com defeito, macumba que não funcionou, time que não pode perder... O que não faltam são histórias curiosas, e engraçadas, no Procon Estadual
Quando o consumidor se sente lesado em uma compra ou na contratação de um serviço é comum que ele procure o Procon na tentativa de reverter o prejuízo. Mas, por vezes, o órgão de defesa do consumidor recebe reclamações, no mínimo, curiosas. Um cafezinho caro, uma macumba que não deu certo, o time que perdeu, os ar-condicionado do trabalho, o remédio que não fez efeito e até a dificuldade para acertar os números da Mega-Sena... Acredite! Tudo isso (e muito mais) já foi alvo de reclamação no Procon do Espírito Santo.
"Quando é cumprimento de oferta, a gente sempre vai buscar a loja, a empresa, para que o consumidor seja atendido. Algumas situações são inusitadas e não permitem que o Procon faça algo, quando o objeto é ilícito - como plágio de um trabalho de faculdade - não tem como a gente ajudar. Mas algumas reclamações, apesar de serem curiosas, têm respaldo jurídico", afirma a diretora do Procon estadual, Denize Izaita.
Outros casos nem passaram pela triagem do Procon, uma vez que o órgão não faz registros do que não configura relação de consumo.
AS 17 SITUAÇÕES BIZARRAS NO ES
1. Macumba malsucedida
Uma consumidora compareceu à unidade móvel do Procon para reclamar que contratou serviços por meio de um site que prometia serviços de "macumba online". Ela selecionou alguns trabalhos que a interessavam e não sabia que a cobrança era por item. Foi surpreendida com a cobrança de R$ 3.266,32 e não teve o resultado esperado. O marido não voltou para ela, engordou 42 kg, a amante do marido engravidou e a consumidora ficou desempregada. O Procon registrou a reclamação e a empresa efetuou a devolução do valor.
"Pelo conjunto, essa foi a situação mais curiosa que nós já tivemos aqui no Procon. O prometido não aconteceu. Ela pediu o dinheiro de volta e recebeu. É difícil ter o dinheiro de volta em sites que não são confiáveis. Muitas vezes quando você retorna ao site, o endereço mudou e você nem sempre consegue acessar de novo. Cuidado redobrado nas compras pela internet. A chance de fraude é muito grande", alerta Denize Izaita.
2. Vasco rebaixado
Um consumidor enviou uma mensagem para o atendimento eletrônico do Procon reclamando da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). Após a desclassificação do Vasco e derrota do time para o Curitiba, em partida pelo Campeonato Brasileiro, o torcedor ficou indignado porque o juiz deixou de marcar um pênalti e enviou uma reclamação ao Procon solicitando que o jogo fosse cancelado, que o Vasco ganhasse os pontos e não fosse rebaixado para a segunda divisão. O consumidor alegou que o fato lhe causou sofrimento e dor.
3. Pesos fora do lugar
O consumidor que frequenta uma academia enviou uma mensagem para o Atendimento Eletrônico do Procon-ES questionando se o aluno é obrigado a guardar os pesos e anilhas depois de treinar.
4. Cafezinho caro
Um consumidor reclamou no Procon que foi ao shopping - onde pretendia gastar cerca de R$ 600,00 em compras de roupas -, mas foi embora pelo cafezinho. Antes de comprar, ele optou por tomar um café que custava R$4,50. Diante disto, resolveu ir embora do shopping pelos valores exorbitantes e exploradores. O consumidor alegou que dinheiro para ele não é problema, mas se indignou com o desrespeito do preço alt para os clientes.
5. Escola mudou de endereço
A consumidora enviou uma mensagem para o atendimento eletrônico do Procon em busca de esclarecimentos. A mulher informou que a escola particular dos filhos mudou de endereço no meio do ano, o que a impossibilitou levá-los a pé para a escola devido à distância. A consumidora queria saber se poderia pedir auxílio-transporte para a instituição de ensino.
6. Ajuste em vestido para pressionar compra
O consumidor enviou uma reclamação ao Procon informando que a namorada foi a uma loja com a intenção de comprar um vestido e que em nenhum momento foi-lhe informado o preço da peça pela atendente. O vestido precisou de um ajuste, autorizado pela namorada do consumidor. Depois do corte do vestido, foi-lhe informado o preço que, segundo o consumidor, não estava dentro do orçamento. O consumidor acredita que eles foram induzidos a comprar o vestido.
7. Sem camisa no trabalho
Consumidor ligou para o telefone 151 pedindo orientações. Informou que o ar-condicionado do seu local de trabalho estava com defeito, por esse motivo ele tirou a camisa e a empresa queria mandá-lo embora por justa causa.
8. Viagra com 'defeito'
O consumidor de 67 anos registrou uma reclamação sobre um medicamento Viagra que não produziu qualquer efeito quando ingerido. Esclareceu que o produto foi adquirido em farmácia, tinha prescrição médica e que já utilizava o medicamento há algum tempo. Ele constatou que, ao lado da caixa do medicamento não possuía o selo de segurança. Esclareceu, então, que o campo é destinado à raspagem por moeda, contudo, mesmo seguindo as instruções, o código não apareceu.
9. Cliente não atende as ligações
Uma revendedora de cosméticos pediu ajuda do Procon, pois não conseguia receber da sua cliente a quantia de R$ 355,00. Queixou-se que a cliente nem atendia as ligações.
10. Plágio descoberto por professor
Um estudante foi ao Procon para reclamar pois “comprou” uma monografia plagiada e foi descoberto pela banca de professores, que o reprovou. Ele queria saber se tinha como conseguir o dinheiro de volta (o valor pago pela monografia). O rapaz nem chegou a passar pela triagem do Procon, uma vez que o órgão não registra casos que não configuram relação de consumo.
11. Por que nunca ganho na Mega-Sena?
A consumidora foi até o Procon reclamar que há 20 anos joga, semanalmente, na Mega-Sena, mas nunca ganha. Ela achou isso um absurdo.
12. Banheiro sem papel higiênico
O cliente de uma loja de departamento foi ao Procon reclamar que teve que usar o banheiro da loja, mas ficou surpreso e indignado por não ter papel higiênico.
13. Brinde recusado
O consumidor foi ao Procon fazer uma reclamação, pois comprou um produto na internet e recebeu um outro produto por engano (extensor peniano). A empresa disse que mandaria o produto correto e que ele poderia ficar com o extensor peniano como brinde. O consumidor ficou indignado porque ele dizia que não precisava do produto e queria devolver de qualquer maneira.
14. Troca de passarinho
O consumidor ligou para o Procon para reclamar que comprou um passarinho em um pet shop e dias depois o animalzinho morreu. Ele queria realizar a “troca do produto”.
15. Gravidez indesejada
A consumidora reclamou que deixou sua cadelinha no pet shop e, dias depois, a cachorrinha estava prenha. Ela exigia do pet shop uma indenização, já que ela não esperava por esse acontecimento.
16. Chapinha queimada
A consumidora reclamou que levou sua chapinha ao motel, mas que ela foi queimada, uma vez que a voltagem do motel era 220v e a da chapinha era 110v.
17. Fraude no curso de hacker
Um consumidor foi ao Procon porque se inscreveu em um curso para ser hacker, pagou pelas aulas, mas o curso era uma fraude.
Gazeta Online
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