Foto/Divulgação/Internet
Uma das campanhas de saúde mais importantes do Brasil chega à décima edição. Com uma verdadeira cruzada para promover a conscientização sobre a importância do diagnóstico precoce e tratamento adequado do câncer de mama, o Outubro Rosa deste ano tem ainda como objetivo estimular a formação de redes de apoio pela internet.
Em 2008, quando a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (Femama) trouxe a campanha, a projeção de novos casos era de 49 mil. Para 2018, a estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca) é de 60 mil.
"A população brasileira ainda está muito aquém do esperado em relação ao conhecimento sobre saúde mamária. A gente tem que trabalhar muito com educação, que é a base de tudo", adverte a vice-presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia do Rio, Sandra Gióia. Segundo ela, o número de mamografias realizadas em 2017, pela faixa etária de 50 a 69 anos, foi muito baixo. Eram esperadas 11,5 milhões de exames e foram realizados apenas 2,7 milhões, uma cobertura de 24,1%, inferior aos 70% recomendados pela Organização Mundial de Saúde (OMS).
Daí a importância de movimentos como o Outubro Rosa. "Para este ano, o tema da campanha nacional estimula a formação de redes de apoio", explica a coordenadora de comunicação da Femama, Letícia Cecagno. O mote é a hashtag #CompartilheSuaLuta para mostrar que pacientes e familiares podem encontrar em ONGs e junto a outras pessoas a ajuda para enfrentar a enfermidade. "Ter acesso a dados referentes ao câncer de mama, sabendo de seus direitos e possibilidades, também é parte do combate à doença. Com pacientes amparados, ampliamos sua visão política e social acerca da doença, assim, cada indivíduo torna-se um potencial agente transformador da realidade brasileira de assistência oncológica", reforça a presidente voluntária da Femama, a mastologista Maira Caleffi.
No Rio, a Fundação Laço Rosa organizou várias ações de alerta sobre o tema, como a iluminação rosa no Cristo Redentor amanhã. Segundo a presidente Marcelle Medeiros, essas ações jogam holofote na causa, não só na questão das políticas públicas, mas em termo de consciência social. "Hoje, sem dúvida nenhuma, o número de pessoa s que sabe o que é um câncer de mama e fica ligado a qualquer alteração é infinitamente maior do que há 10 anos", garante. As novas embaixadoras são as atrizes Juliana Paes, Giovana Ewbank, Isabelle Drummond e Marina Ruy Barbosa.
"Estou muito feliz de fazer parte desse evento por uma causa tão nobre, falando de uma doença que é bem presente em nosso país. Eu faço trabalho social, e conheço muitas pessoas com diversos tipos de dores, por isso meu desejo é dar voz a situações como essa, para que a solução seja mais forte a cada dia", afirmou Isabelle Drummond.
Uma das ações mais encantadoras é a exposição #50tonsderosa, que aborda um tema que é tabu entre pacientes com câncer: sexo. A fotógrafa Nana Moraes clicou quatro pacientes de diferentes idades e momentos do tratamento. O ensaio está disponível no www.fundacaolacorosa.com.
O Dia
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