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sexta-feira, 14 de novembro de 2014

MUNICÍPIOS DO NOROESTE SE UNEM CONTRA A FALTA D'ÁGUA

Municípios do Noroeste Fluminense resolveram se unir para propor soluções conjuntas para enfrentar o problema da seca. Reunidos em Itaperuna, representantes de prefeituras da região definiram medidas de curto, médio e longo prazo que deverão ser tomadas junto aos governos federal e estadual para recuperar a produção agropecuária, diante da crônica falta d’água causada pela mais longa estiagem dos últimos 80 anos na Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul.

A crise atinge afluentes da bacia que cortam os 13 municípios da região — os rios Muriaé, Pomba e Carangola, que atingiram seus piores níveis. Dentre as ações imediatas, estão a concessão de Bolsa Emergencial (social e econômica) e o perdão de dívidas do Pronaf e do Rio Genética para os agricultores familiares; patrulha mecanizada (Estrada da Produção) para realizar limpeza dos valões e açudes e a ampliação do Projeto Limpa Rio no Norte e Noroeste Fluminense. 
Já as ações a curto e médio prazo prevêem, entre outras medidas, abertura de poços artesianos; prioridades de programas governamentais nas áreas atingidas; contemplação dos produtores interessados em programas ambientais do Rio Rural; combate às queimadas (incêndios pastagens e matas); repovoamento dos rios e açudes com espécies nativas; combate ao desmatamento; emergencial alimentação do gado, além da inclusão do município de Itaperuna no PAC 3 (acima de 50 mil habitantes). 
Os municípios vêm amargando prejuízos na agricultura, pesca, pecuária de corte e leiteira. Em Porciúncula, houve perda de 40% da plantação de café. Frank Arcanjo, da Secretaria de Ambiente de Itaperuna, alertou sobre a necessidade de os produtores rurais adequarem suas propriedades às normas de meio ambiente. E ressaltou a necessidade de construir barragens e açudes de forma adequada. 
Sinval Martins, secretário de Agricultura de Natividade, disse que é preciso existir política de recuperação das nascentes. “O programa Rio Rural tem a recuperação de nascentes, porém, precisa ser mais eficaz e simplificado. É preciso parceria direta com o Inea e a Secretaria de Meio Ambiente, com autonomia para ações mais eficazes. Órgãos com critério único para todos”, ressaltou.


O Dia

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