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sábado, 15 de novembro de 2014

POLÍCIA PRENDE EMPREGADA ACUSADA DE ENVENENAR COM CHUMBINHO EX-PREFEITA DE NOVA IGUAÇU


Deusamar de Jesus Lima, presa na 16ª DP (Barra da Tijuca): ela é acusada de envenenar a ex-prefeita de Nova Iguaçu, Sheila Gama - Marcelo Theobald / Agência O Globo

Deusamar de Jesus Lima chega à 16ª DP, na Barra - Marcelo Theobald.


Sheila, ex-prefeita de Nova Iguaçu - Thiago Lontra

Foi presa na sexta-feira (14/11), por policiais da 16ª (Barra da Tijuca), Deusamar de Jesus Lima Rodrigues, acusada de tentativa de homicídio contra a ex-prefeita de Nova Iguaçu, Sheila Gama. De acordo com os agentes, ela foi capturada no Aeroporto Internacional Tom Jobim, ao tentar embarcar para o Maranhão. Ao ser apresentada na delegacia, a mulher aparentava descontração, fez sinal de "V de vitória" com as mãos, e mandou "beijinho no ombro" para jornalistas.
Deusamar trabalhou pouco mais de um ano na casa da vítima, que seria muito exigente com o serviço da casa. Em depoimento na quarta-feira, ela teria confessado à polícia ter substituído, no último dia 6, o conteúdo de uma cápsula de remédio homeopático que Sheila tomava regularmente por um tipo de veneno agrícola em pó, conhecido como chumbinho. Após ter sido adulterada, a cápsula foi recolocada junto a outras na caixa do medicamento. Nesta sexta-feira, no entanto, a empregada negou a autoria do crime.
Na segunda-feira, Sheila se medicou, começou a passar mal e foi internada. Ela foi para o Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, com sintomas como vômito e fortes dores abdominais. A ex-prefeita, de 60 anos, teve uma parada cardiorrespiratória na emergência, foi ressuscitada e levada para a UTI. Em nota divulgada nesta sexta-feira, o hospital informou que ela permanece internada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), apresentando boa evolução clínica. Apesar de estável, seu quadro de saúde inspira cuidados.
Na quarta-feira, Deusamar teria contado à polícia que cumpria aviso prévio e não aceitava o modo como era tratada pela patroa. A empregada doméstica disse para policiais que Sheila vinha reclamando de seu trabalho. As duas teriam combinado que a demissão só seria assinada no mês que vem. Insatisfeita com as cobranças, a empregada teria planejado a morte da patroa.


O Globo

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