Páginas

sexta-feira, 4 de março de 2016

PF E REPRESENTANTES DA CPI DOS FUNDOS DE PENSÃO NA USINA CANABRAVA

d68b8bb5-441f-4b5b-9e27-b8d0d5d4bf80

canabrava cpi
Fotos: Filipe Lemos
A Usina Canabrava, situada na RJ-224 (Campos-São Francisco de Itabapoana) recebeu na manhã desta sexta-feira (04) agentes da Polícia Federal e representantes da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundo de Pensão: o presidente, deputado Efraim Filho, e o relator, deputado Sérgio Souza. A presença dos parlamentares e dos agentes na usina é por conta da investigação sobre possíveis aplicações incorretas dos recursos e de manipulações na gestão de fundos de pensão. O Petros, fundo de pensão dos funcionários da Petrobras, e o Postalis, o plano de previdência dos funcionários dos Correios, investiram, ao todo, na Canabrava, R$ 305 milhões.
O consultor de Orçamento da Câmara dos Deputados, Leonardo Rolin, explicou que se trata de uma vistoria para apurar as denúncias relacionadas aos fundos de pensão, além de dívidas trabalhistas.
Os deputados também fizeram uma vistoria na Usina Santa Cruz, em Campos, que foi adquirida com dinheiro de fundos de pensão em 2011. Na ocasião, a justificativa para liberação da verba seria para colocá-la em funcionamento, o que até agora não aconteceu.
Depoimento
No final de 2015, o dono da empresa Canabrava, produtora de álcool e açúcar, Ludovico Tavares Giannattasio, prestou depoimento na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) dos Fundos de Pensão.
O empresário depôs por conta de suspeitas em torno da operação. A Canabrava atraiu investidores dispostos a financiar usinas para produzir etanol e gerar energia com bagaço de cana-de-açúcar. Já em 2011 obteve grandes aportes do Petros e do Postalis, somando os R$ 305 milhões.
Segundo Ludovico Tavares, o projeto é de 10 anos, com a captação de recursos tendo início em 2011. Ludovico Tavares disse ainda que o período de investimento termina após oito anos e só então os fundos receberão participação e lucros.
Para o presidente da CPI, deputado Efraim Filho (DEM-PB), o depoimento foi contraditório e precisa ser esclarecido. O deputado considerou que o depoimento ilustra a dificuldade de se fazer a fiscalização desse tipo de investimento no país. “É preciso esclarecer, é preciso ir a fundo e identificar contradições. Um fundo de investimento que conseguiu arrecadar mais de R$ 300 milhões de fundos de pensão, é preciso investigar o destino desse dinheiro. Todos eles justificam que é porque tem um tempo de amadurecimento. O que a gente vê é que de tanto esperar o negócio amadurecer, tem uns que estão ficando podre e, na hora de dar resultado, tem sido um grande prejuízo para os aposentados.” 

Campos 24 Horas

Nenhum comentário:

Postar um comentário