Foto: Divulgação
Policiais federais deflagraram na manhã desta quarta-feira (5) operação para desarticular a atuação de uma quadrilha que era especializada em fraudes na Previdência Social. O grupo atuava na obtenção indevida de benefícios previdenciários e do Seguro Desemprego. Para isso, criava vínculos empregatícios falsos, o que possibilitou o desvio de aproximadamente R$ 6 milhões.
A operação, denominada Mamba, contou com a participação de equipes da Previdência Social e do Ministério Público Federal (MPF). A ação foi executada por 107 agentes da Polícia Federal (PF), além de seis servidores da Assessoria de Pesquisa Estratégica e de Gerenciamento de Riscos da Previdência Social (APEGR).
Segundo informações divulgadas pela sede da PF em Campinas, foram cumpridos dois mandados de prisão preventiva – que não tem prazo definido – e cinco de busca e apreensão, além de 29 ordens de condução coercitiva. Além de Campinas, também foram realizadas ações nas cidades de Hortolândia e São José do Rio Preto, todas em São Paulo.
A PF informa que os integrantes da quadrilha são ligados a um escritório de Campinas especializado em contabilidade. O estabelecimento utilizava os dados de seus clientes reais para informar vínculos empregatícios falsos à Previdência Social e ao Ministério do Trabalho. Em seguida, efetivava os registros em Carteira de Trabalho e conseguia ter acesso aos benefícios, entre eles o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).
Até a tarde desta quarta-feira, a PF já havia apurado que o prejuízo causado pela quadrilha aos cofres públicos chega perto de R$ 6 milhões. Entretanto, o valor desviado pode ser ainda maior, já que outros vínculos laborais estão sob investigação e também podem ser oriundos de ação fraudulenta.
A corporação destaca que os envolvidos no esquema tinham pleno domínio dos trâmites trabalhistas e previdenciários. Como as empresas utilizadas para o cometimento das atividades ilícitas estavam em atividade ao tempo da fraude e, segundo a PF, sem levantar suspeita, a descoberta do crime ficou ainda mais difícil.
As duas pessoas que tiveram prisão preventiva decretada permanecem à disposição do Poder Judiciário e irão responder pelos crimes de estelionato qualificado e associação criminosa. As penas podem chegar a 15 anos de reclusão.
Campos 24 Horas
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